segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Mas dar certo COMO? eu olho pra frente, eu TENTO olhar pra frente e vejo um grande ponto de interrgação, porque tudo o que eu quero que aconteça é tudo o que ainda não aconteceu. Como eu vou querer o que eu não sei?
Eu só fico imaginando, e tem sempre uma hora que a paisagem acaba e eu chego num branco de mente que, sinceramente, está ficando insuportável. Preciso estender as minhas cores, e se não é você quem vai me ajudar, que seja outro que valha mais a pena, e que seja logo.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Na geudael gajji motaedo nae mami...
Deus, não me deixe morrer sem esse sentimento maravilhoso.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Eu tô com medo do que eu tô sentindo porque estou me sentindo uma ladra, pela primeira vez, porque eu nunca vou sentir que alguém pertence a mim, muito menos você, mas mesmo assim eu queria ao menos tentar. Eu juro que não quero te machucar, porque tudo em relação a mim que você sentir vai partir de você mesmo, e não do que eu te forçar a sentir. Eu não posso cobiçá-lo, mas eu só estou com coragem de fazê-lo porque esses anos todos em que fiz isso não atingiu a ninguém [embora eu secretamente desejo que atinja você, porque você vale a pena].
Eu também não estou sofrendo tanto porque no final das contas eu tenho quase certeza de que eu não vou poder preenchê-lo. Não tenho idéia de como fazer isso. Está me deixando com medo e com vergonha.
domingo, 16 de outubro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
God put a smile upon your face.
Por isso eu faria tudo por você, e faria mil vezes. Porque eu sei que um dia [e nao importa quando] voce vai olhar nos meus olhos e eu vou saber que eu tenho um lugar em seu coração e sua memória.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Io che amo brono mio.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
Mas percebe que eu tenho medo e noção do ridículo. Eu sou ridícula para você? Estou querendo tapar o buraco e fazer você acreditar em mim, mesmo que eu não acredite. Pode apostar que quando você acreditar, eu vou FAZER QUESTÃO de acreditar.
Não estou falando que não acredito. Se eu tenho a coragem de olhar nos seus olhos já é sinal que eu tenho um pouco de confiança e capacidade de ter minhas costas eretas. Só estou dizendo que eu queria ser alguém muito melhor do que eu [não] pareço ser.
sábado, 20 de agosto de 2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Mas antes dos olhos.. ele tem sua mente em mim? Ainda?
Sinto saudade de me sentir interessante para alguém.
É só uma lagoa, uma maldita lagoa. Eu gostaria de atravessá-la a nado, sabendo que posso pagar para andar por cima dela.
Mas o problema nao é chegar la, mas como vou atravessá-la, ter coragem de atravessá-la, e saber se eu não vou morrer no caminho, me cansar, sei lá. Eu só queria saber se eu posso.
sábado, 6 de agosto de 2011
you've been struck by a smooth criminal!
Algo que nao venha me ferir.
Vai lá então, mostrar que as coisas não são assim. Vai lá dizer que não vale a pena, que você não sente algum desconforto quanto a isso. Vai lá banalizar tudo.
Eu dou importância demais, mas o que é pior, banalizar ou dramatizar?
Eu não estou te tratando como um criminoso. Estou apenas com medo. Querendo entender as coisas antes mesmo delas acontecerem, porque eu quero estar inteira e forte quando eu chegar ao topo. Eu não quero que as coisas sejam do jeito que eu estou vendo que são. Da sua parte, do que você representa, quero dizer.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
[...]É suficiente amá-lo, estar com ele em meu pensamento, e colorir esta cidade tão bela com seus passos, suas palavras, seu carinho. QUando eu deixar este país, ele terá um rosto, um nome, e a lembrança de uma lareira. Tudo o mais que vivi aqui, todas as coisas duras pelas quais passei, não será nada perto desta lembrança.
Gostaria de poder fazer por ele o que ele fez por mim. Estive pensando muito, e descobri que não entrei naquele café por acaso; os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam.
Geralmente estes encontros acontecem quando chgamos a um limite, quando precisamos morrer e renascer emocionalmente. Os encontros no sesperam - mas a maior parte das vezs evitamos que eles aconteçam. ENtratanto, se estamos desesperados, se já não temos nada a perder ou se estamos muito entusiasmados com a vida, então o desconhecido se manifesta, e nosso universo muda de rumo.
Todos sabem amar, pois já nasceram com esse dom. Algumas pessoas já o praticam naturalmente bem, mas a maioria tem que aprender de novo, relembrar como se ama, e todos - sem exceção - precisam queimar na fogueira de suas emoções passadas, reviver algumas alegrias e dores, quedas e recuperação, até conseguir enxergar o fio condutor que existe por trás de cada novo encontro; sim, existe um fio.[...]"
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
O mesmo acontece com meu corpo, e como estou mais habituada a tanto, vem aquela sensação de você ver algo e seu corpo imediatamente identificar o processo para realizá-lo. É uma coisa mágica e eu amo essa sensação, a sensação de saber exatamente o que se está fazendo, é como se eu estivesse no corpo do observado.
Então me vem aquela energia, aquela vontade de fazer aquilo que a minha mente quer, mas que eu não tenho extensão. Quando minha boca se abre, nada sai como previsto. Tenho que tomar cuidado, porque meu corpo não obedece à minha mente. Por enquanto.
sábado, 30 de julho de 2011
'...I won't give up on my life. I'm a warrior queen, live passionately tonight...'
Não ligo de ser meio cedo para chamá-la de anjo, mas as palavras que trocamos já foram suficientes pra eu saber que eu estava diante de uma luz, e não me importo se ela for passageira, porque o que vou guardar é a esperança que ela me trouxe de volta.
Mentira, eu me importo sim. Eu gostaria de pegar a vida dela com as mãos, dividirmos, para que eu conviva com a felicidade e energia que ela emana, que passemos todos os dias trocando essa energia, essa experiência que é chamada de amizade, que eu nem sei se deve ter esse nome, eu tenho medo dele.
Mas eu estranhei a confiança dela. Por que eu? Foi questão de segundos, ela me conhece? Ela compartilhou o que tinha de mais precioso, e acho que eu não faria isso com ninguém, admito, por falta de coragem ou de método. Mas ela fez. Eu não sei se ela faz isso com todo mundo, e nem vou procurar saber, o que importa é que ela soube passar essa energia para mim e eu soube absorvê-la, porque eu já possuí essa energia um dia, e ela me fez acreditar que essa energia não era somente a minha realidade, inventada e pouco acreditada, mas era a realidade dela, e portanto era a realidade do mundo.
Agora preciso pegar essa energia e ir ao encontro de quem a mereça. Porque essa pessoa existe, e ela me fez acreditar nisso.
terça-feira, 26 de julho de 2011
domingo, 24 de julho de 2011
'it's a beautiful lie, it's a perfect denial, such a beautiful lie to believe in, so beautiful, beautiful lie makes me...'
Eu não tenho a menor ideia de quem seja, mas eu sei que as coisas são iguais, dá pra sentir, e é um daqueles segredos que temos o prazer de esconder, mas a felicidade toma conta e o deixa escapar. Estamos todas no mesmo barco.
Mas ele não é você. Ela é feliz com ele, e eu sou feliz com você. Mas a felicidade delas dura mais tempo, é claro, ele está ali para ela, praticamente todos os dias, cada dia uma história nova, e isso a põe para dormir com um sorriso no rosto.
Algo está errado. E você deixa pistas disso.
Dia desses eu quis que ele fosse você. Que você fosse meu motivo constante de felicidade, mesmo que esta seja toda feita de mentiras. E daí? Eu já ouvi tantas mentiras que hoje em dia não separo o que é mentira e o que é verdade, mas a mentira que me faz bem e aquela que faz mal. Estou acostumada, e eu vou dizer que até gosto desse mundo fácil e perfeito, mesmo que tanto me critiquem por viver nele. A nossa felicidade agora é só baseada em teorias e meias verdades, então por que não trocar ele por você? É praticamente a mesma coisa!
[não é não.]
Mas eu só queria que ele fosse você para poder gritar para o mundo de orgulho da minha felicidade. Fazer que nem ela. Mostrar para o mundo que eu tenho um segredo orgulhosamente guardado, e quando ele for revelado, estaremos juntos, mas bem longe dali.
Meu Deus, o que eu estava pensando? Como se eu precisasse de você para me sentir viva. Como se você fosse um objeto, um capricho.
Você não é assim. Você é maior que tudo isso. Eu quero que você saiba que eu tenho orgulho de você e estou rezando em silêncio.
Me perdoe. Eu precisava falar.
sábado, 23 de julho de 2011
vinte e um de julho de dois mil e onze.
Por isso vejo meu futuro totalmente branco, porque não tenho coragem de escrevê-lo. Eu só quero me sentir bem, e ter coragem de gritar para o mundo quem eu sou e quem eu quero ser.'
dezenove de julho de dois mil e onze.
Até porquê, tenho a maior prova d que tudo pode cair por terra contra a minha vontade: acreditar que ele é real mão quer dizer que ele seja.'
onze de julho de dois mil e onze.
Mas a questão é que me faz esquecer do passado, e de todas as coisas horríveis que senti. Me faz sentir a melhor pessoa do mundo, o que tenho certeza de que não sou, então há algo errado, eu sinto.
Ou não. É como se fosse meu futuro. As pessoas que amei não me faziam sentir bem, ter esperança. O contrário de agora.
Mas tudo é obra da minha mente, é claro. Tenho medo de além de eu esquecer, me esquecer.'
segunda-feira, 18 de julho de 2011
'...insatiable, the way I'm loving you..'
terça-feira, 12 de julho de 2011
'He's a stranger to some, and a vision to none. He can never get enough, get enough of the world...'
Você me dá pedaços seus, feitos de lábia, fantasia e carinho, e eu os viro e reviro entre as mãos, e o que antes era quase como névoa se mostra por fim algo sólido e até pesado. Não suporto segurar.
Então faço-o tomar forma e conseguir se suportar, lhe empresto minha imaginação e lhe dou força. Faço algo meu e para mim, para que possa me desejar e proteger. Isso já é obra sua, pois a mente é sua, as palavras são suas, foi você que as passou para mim para que eu as moldasse o quanto precisasse. Assim a idéia do corpo é minha, e o que eu quero é mais que meu, é mais que uma idéia minha, quero algo carnalmente seu. Então invento. Preciso. Imploro.
Eu não acredito que se pode sentir uma sombra e tocar um rosto invisivel, e sentir a mão agarrando-se à da sombra. Mas é o que eu tenho feito. Logo, sou sombra. Ao menos sou sua.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Eu não sou assim. Não vou ficar insistindo, não tenho força para tanto. Mas gostaria de saber que um dia você vai olhar para trás e dar um sorriso cheio de remorso a cada provocação que você não percebeu.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
'...just put your trust in my heart and meet me in paradise. You're every wonder in this world to me, a treasure time won't steal away...'
O que eu me lembro era do fogo nos meus olhos. Da determinação desumana que eu tinha, como se eu tivesse o mundo e todo o tempo dele aos meus pés. Eu chorava, gritava, e batia o pé, e consegui o que queria. Eu tinha o mundo porque eu o tinha 'conquistado'. À minha maneira, é claro. Eu era uma vitoriosa, afinal.
Eu me lembro do desespero que foi saber que eu nunca mais ia vê-lo, e eu me lembro da força que busquei para que isso não acontecesse. Eu SENTIA que tinha que vê-lo mais uma vez. E eu consegui.
Muitas coisas aconteceram afinal, e eu forçava, queria, obrigava. Tanto que as coisas saíram do controle. Ele estava presente na minha vida, quando eu queria que saísse. Tornou a minha vida uma grande dor de cabeça, uma dor de cabeça que eu mesma fiz questão de brotar.
Mas eu não penso assim. Quer dizer, nem naquele tempo, porque afinal eu sofria, mas era grata por ainda poder ver aquele sorriso. E é essa a palavra: grata. Grata por ter me feito descobrir uma força que eu não sabia que tinha. E que não sei se vou tê-la de novo.
Mas estou querendo ter. Eu já disse NÃO para o adeus, nos meus quinze anos. Eu quis que as coisas mudassem, e elas mudaram.
Agora, aos dezoito, a história é um pouco diferente. Quando fiz quinze anos, jurei que não seria nada além de eu mesma, que eu finalmente pudesse me construir, me polir, me moldar a partir do nada, de mim mesma. Eu ia ser dura, eu ia bater de frente com o meu destino.
E agora, aos dezoito, eu bati, mais uma vez. Usei a força, usei a sinceridade, usei a inconveniência, usei a ironia. Eu usei o meu próprio nome. Eu usei a minha alma.
E ganhei o tempo, e o sorriso, e as palavras marcantes. Por que, meu Deus?
Então a história se repete. Como se eu esperasse todos os dias para vê-lo entrar por aquela porta, e dizer só o MEU nome. Para ter um tempo só para mim, para me dar atenção, para eu não me sentir sozinha.
E mais uma vez... tenho que dizer adeus. E mais uma vez, vou querer buscar a determinação que não sei onde guardo, para fazer com que esse 'adeus' seja um 'até logo'. Porque eu serei livre e realmente terei o mundo e o tempo dele para mim.
'Você é o amor da minha vida, e são essas suas palavras que me faz lhe amar, cada vez mais e mais. Eis que me olho no espelho e reflito nele um sentimento, era saudade, saudade de você.' (BJP)
sábado, 2 de julho de 2011
'...talking to the moon, try to get to you in hopes you're on the other side talking to me too, or am I a fool who sits alone talking to the moon?'
"My life is very monotonous," the fox said. "I hunt chickens; men hunt me. All the chickens are just alike, and all the men are just alike. And, in consequence, I am a little bored. But if you tame me, it will be as if the sun came to shine on my life. I shall know the sound of a step that will be different from all the others. Other steps send me hurrying back underneath the ground. Yours will call me, like music, out of my burrow. And then look: you see the grain-fields down yonder? I do not eat bread. Wheat is of no use to me. The wheat fields have nothing to say to me. And that is sad. But you have hair that is the colour of gold. Think how wonderful that will be when you have tamed me! The grain, which is also golden, will bring me back the thought of you. And I shall love to listen to the wind in the wheat..."
The fox gazed at the little prince, for a long time.
"Please-- tame me!" he said.
"I want to, very much," the little prince replied. "But I have not much time. I have friends to discover, and a great many things to understand."
"One only understands the things that one tames," said the fox. "Men have no more time to understand anything. They buy things all ready made at the shops. But there is no shop anywhere where one can buy friendship, and so men have no friends any more. If you want a friend, tame me..."
"What must I do, to tame you?" asked the little prince.
"You must be very patient," replied the fox. "First you will sit down at a little distance from me-- like that-- in the grass. I shall look at you out of the corner of my eye, and you will say nothing. Words are the source of misunderstandings. But you will sit a little closer to me, every day..."
The next day the little prince came back.
"It would have been better to come back at the same hour," said the fox. "If, for example, you come at four o'clock in the afternoon, then at three o'clock I shall begin to be happy. I shall feel happier and happier as the hour advances. At four o'clock, I shall already be worrying and jumping about. I shall show you how happy I am! But if you come at just any time, I shall never know at what hour my heart is to be ready to greet you... One must observe the proper rites..."
"What is a rite?" asked the little prince.
"Those also are actions too often neglected," said the fox. "They are what make one day different from other days, one hour from other hours. There is a rite, for example, among my hunters. Every Thursday they dance with the village girls. So Thursday is a wonderful day for me! I can take a walk as far as the vineyards. But if the hunters danced at just any time, every day would be like every other day, and I should never have any vacation at all."
"Ah," said the fox, "I shall cry."
"It is your own fault," said the little prince. "I never wished you any sort of harm; but you wanted me to tame you..."
"Yes, that is so," said the fox.
"But now you are going to cry!" said the little prince.
"Yes, that is so," said the fox.
"Then it has done you no good at all!"
"It has done me good," said the fox, "because of the color of the wheat fields." And then he added:
"Go and look again at the roses. You will understand now that yours is unique in all the world. Then come back to say goodbye to me, and I will make you a present of a secret."
(Antoine De Saint-Exupéry - "The Little Prince" chapter 21)
quarta-feira, 29 de junho de 2011
'...pray to your God, open your heart... whatever you do, don't be afraid of the dark. Cover your eyes... the devil's inside...'
Quero ser imaginação, me manipular, me moldar, porque não posso fazer isso com uma carne endurecida por já estar formada. Quer dizer, eu posso sempre melhorar. Mas quero ser mais do que isso. Eu quero que seus olhos brilhem até quando ver a terra, porque eu quero que você deixe de precisar do céu. Ele está muito lá no alto, você não concorda?
Eu quero mais que a sua certeza, eu quero A MINHA. Eu vou querer sentir o que seus olhos aparentarem sentir. Eu quero já estar descoberta quando você, ou qualquer outro alguém, descobrir. Eu quero poder dar a magia no meio do caos, do nada. Mas não sei como fazer isso.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
"...I'm on the edge of glory and I'm hanging on a moment of you. I'm on the edge with you!"
domingo, 19 de junho de 2011
You disappear to walk alone, I fear. If only to erase of you here...
Once again, you have betrayed me, yes my friend, you drained me. Only then, will you embrace me?
Only then, did I call out Savior, savior, save me once again. Savior, savior, save me from myself.
La nuit du chasseur.
Mas eu preciso dos seus olhos. Eu preciso da sensação de ter alguém me olhando e me amando. Eu preciso saber que alguém precisa me ouvir, tanto quanto eu preciso falar.
Eu amo falar, mais do que isso, eu amo lhe falar. Eu amo acreditar que você existe. Eu amo ter esperança, eu amo poder dividir a minha alma com alguém que não precisa dela. Eu amo.
sábado, 18 de junho de 2011
'I close my eyes, I can see a better day...'
A peça era Legally Blonde, e eu as assistia. Elas estavam todas iguais. Todas lindas, todas melhores que eu. Eu observava de longe e me perguntava o que eu precisava fazer para ser uma delas...
Depois estava no que parecia um pequeno shopping. Que parecia também um clube. Eu só passava por dentro dele, eu não entrava nas lojas, não tinha gostado do lugar, ou porque era sem graça ou porque não tinha dinheiro. Houve uma cena em que eu parecia estar olhando um bonequinho que parecia um duende numa vitrine de loja que parecia de brinquedos, e brinquedos e decoração natalina.
Era noite e continuávamos na estrada, e passávamos por algumas casas humildes e cercados onde soltavam fogos, e era tudo muito perto de nós, mamãe continuava dirigindo. O que era aquilo tudo? Até que paramos num bar qualquer de esquina. Havia pessoas conhecidas ali, eu interagi com elas não lembro como, e eu parecia estar fugindo de alguém, ou querendo encontrar, eu estava desconfortável.
Então ele chegou. Estava com a aparência do ano passado, relaxado, bonito, de camisa preta. O pai dele estava logo atrás, eu estava morrendo de vergonha de cumprimentá-lo. Mas o seu filho eu abracei e beijei o pescoço como sempre faço. Mas eu queria mais, então o beijei no rosto, um lado e depois o outro, e ele estava naquela brincadeira de sempre, de fazer de conta que está achando que era algo inocente. Eu continuava a beijá-lo e consegui chegar à boca, e comemorei internamente por ele não ter resistido, ele me beijava de volta, com empolgação. Mas que beijo HORRÍVEL. Eu não me lembrava de ter sido assim, os outros foram tão bons! Era seco, estranho, AMADOR. Odiei. Mas continuei. Depois que acabei, vi que o pai estava sentado logo atrás de onde estávamos, e ele sorria pra mim de um jeito debochado. Que vergonha!
'...people talk, people say, what we have is just a game, oh...'
Quem és?
'I won't cry for you, I won't crucify the things you do. I won't cry for you, see, when you're gone I'll still be Bloody Mary...'
Uma me dá segurança, presença. Dela eu preciso, talvez porque meu coração saiba que a segurança que eu sinto é tudo o que eu tenho, é o que te segura e ME segura, é o que nos une.
A outra me dá amor e atenção. Tudo o que eu precisava. Sabe que eu adoro uma mentira. És tu.
Deixe-me explicar que a culpa, primeiramente, é toda minha. Nada de mim para você parece ser seu. Nunca me diz nada, só me responde. Mas me toca, me conquista e me descobre. E me descubro. Daí a minha devoção, talvez. Me atraindo por ti, me atraí por mim? Não te descobri ainda.
Não importa, não por enquanto. Porque de repente te espero, te imagino, até te sinto. Não passa de uma sombra, cuja única solidez é a palavra.
Se tu não és, eu serei. Vais sumir, mas eu vou ficar. O prazer é, e vai sempre ser, todo meu.
Vai me fazer crescer. Vai me fazer sentir mulher, vai me fazer sentir desejada. Eu vou saber como é. VOCÊ não vai saber como é. Não vai sentir. Não vai aproveitar. Eu só queria dizer que quem vai sair ganhando vai ser eu. Eu vou aprender. E você? Você vai sumir. Vai se camuflar, e nunca, mas NUNCA vai conseguir ser algo mais que... uma sombra.
Se és, sou. Se não és... serei.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Jacpot.
Eu queria te impressionar, eu queria ser única para você, e ainda quero. Eu quero que você queira a minha atenção. Eu quero que você me queira. Mas antes isso não existia, porque eu não precisava da sua atenção. Eu, através de você, mostrava um eu que era representação, teatro, mas que acostumei tanto a fazê-lo que já se tornou parte de mim, uma característica obtida no vício. Eu queria saber até onde podia ir na minha seriedade, na minha ironia, na minha provocação. Eu estava representando. E a partir dessa representação, eu me abri.
Eu te dei a minha alma e não me importo se você a deixar por aí. Eu nem sei seu nome, e aparentemente não preciso. Para você eu também não sou ninguém.
Eu te dei a minha alma porque eu sei que você não vai sentir o peso dela. Nós não precisamos um do outro para sobreviver.
Quer dizer, eu preciso das suas palavras, mas não importo se você não precisar das minhas. Eu só preciso que você as segure.
Eu te dei a minha alma porque eu não a daria se você olhasse nos meus olhos. A minha alma só pertence àqueles que não ficam buscando, pois você me faz sentir livre. Eu não preciso te dar explicações, eu não me sinto inquirida. Você pediu o meu tempo e eu te dei minha alma.
Eu vou mentir e esconder enquanto as pessoas olharem nos meus olhos, eu vou enganá-las todas.
Eu te dei a minha alma porque ela precisa de mãos diferentes. Ela está prestes a mudar, e eu sinto isso, e estou com medo, e por isso a deixo com você. Você não precisa levar, só precisa pôr as mãos nela e deixá-la livre. Ela vai crescer ainda. Será que você um dia veria o tamanho que ela vai ficar? Eu nem sei se você existe!
quinta-feira, 9 de junho de 2011
'...anything, oh anything, to chase the rain goodbye. When you left with all your dreams I couldn't say goodnight...'
I can make you feel (like you're a king), no remedies (no compromise), would you rather be, right here with me? I want you right here next to me.'
Isso estava na minha cabeça a noite inteira.
Era mais um lugar louco que eu achava que nunca tinha estado na vida, mas agora que estou lembrando, o prédio tinha alta semelhança com o Vivo Rio, e ainda estava mais iluminado e bonito, e era noite. Em todo caso, eu sabia que era um teatro, e eu sabia que era uma cidade diferente, e eu estava com duas garotas. A única de quem conseguia ver o rosto tinha semelhança com Amy Farrah Fowler. Só que mais doce.
Só que antes da companhia dela, pode ter sido depois tambem [a ordem nao importa tanto], acho que eu estava na companhia de um homem bonito, alto, branco, cabelo preto cortado, barba por fazer, parecia ter uns 30 anos. A gente conversava sobre algo da conferência [parecia que estávamos ali para uma palestra da faculdade ou algo do tipo], e ele queria saber se eu era deste país. Eu achava estranho, pois eu sabia que ainda estávamos no Brasil. De repente dois homens, bonitos como ele, se aproximaram dele e eles ficaram conversando em alemão. Pareciam guarda-costas e falavam com aparencia grave. Ele me pediu desculpas e falou algo como prazer em conhece-la, ou que ele era alemão, e foi embora.
Daí eu estava na presença das duas garotas, elas seguravam cadernos na mão, e conversavamos.
- Mas o Trianon é o palco. - a menina disse
- Bom, na minha cidade Trianon quer dizer o teatro inteiro, e do tamanho deste aqui - argumentei, rindo, e fazendo gestos indicando o lugar. Elas riram impressonadas, tipo 'uau'.
O curioso é que a cena com o homem bonito se repetiu: elas duas também achavam que eu não era desse país. Como assim? eu perguntava pra mim mesma, e nós todas falávamos em português. Elas também se afastaram, e eu fui embora sozinha.
Depois seguiram-se cenas turvas, como o 'escorregador-casinha' que tinha onde antes era o terreno do Teatro Trianon [de verdade], onde eu e o dono daquela pinta costumávamos brincar. Lá agora era a minha casa, e era maior. Mas conservava o escorregador, os rolinhos de madeira, as cordas e escadinhas. Eu estava ralhando com alguém, acho que era a minha empregada. Havia muita gentalha ali, e na0 lembro direito, eu só sabia que tinha que sair dali. Eu estava incomodada.
Eu dou risada com essas coisas, no meu próprio sonho eu me lembro dos sonhos anteriores, mas enfim.
Ele depois mencionou o apartamento onde estavamos, dizendo que daria um jeito quando eu me instalasse.
- Você quer dizer que eu vou morar aqui?
Ele afirmou com a cabeça lentamente, me olhando sério.
Eu estava tensa e preocupada, mas depois acabei me divertindo. Estávamos na cama e nós contávamos e mostrávamos muitas coisas nostálgicas, ele me puxou pelo braço, e me mostrou um pote de balas artesanais que fizeram parte da minha infância.
- Mas são chicletes!
- Ok, mas você lembra?
- Lembro! Só não deixe Nelsinho vê-los, ele vai comer tudo!
Tinha um pedaço de papel dobrado na cama e eu abri. Era ele quem tinha escrito, a letra meio garranchosa como eu a conhecia, falava de boas vindas e de romantismo. Eu fiquei com medo, medo dele não querer, medo de ele não gostar. Eu sorri e nos beijamos.
Quando acordei, ele estava em pé secando o cabelo com a toalha, mas eu vi que não estávamos sozinhos. Havia uma velha penteando o cabelo em frente ao espelho. Tia Sônia. Ela olhou para mim com um rosto meio que culpado ou envergonhado e saiu do quarto silenciosamente. Ela parecia mais baixa que o normal [ou eu mais alta do que o normal]. A porta estava aberta e eu vi um homem de meia-idade que eu conhecia de algum lugar passando e olhando para dentro. Ele nao foi o unico, algumas pessoas passavam pelo corredor e pareciam conhecê-lo, pois sempre estavam olhando para dentro do quarto com expressão de curiosidade. Tornei a olhar para ele e estava preocupado. Eu perguntei qualquer coisa, talvez se ele ia sair, e ele falou que sim e mais alguma coisa, e falou baixo, com o rabo do olho na porta. Ele se despediu de mim e disse que ia trabalhar, e saiu, eu ia ficar o dia inteiro naquele quarto. A última sensação que eu lembro de ter sentido antes de acordar era aquela aflição de não saber se meu protetor ia voltar para casa.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
E eu queria tanto ser diferente para você. Eu devo sim ter te impressionado, mas de uma maneira meio negativa. Acho que você ficou com medo de mim. Nossa, como isso é chato. Eu tentando ser única, e do nada você olha e comenta a primeira bunda que passa.
É brincadeira, eu não ligo. Já estou acostumada. Mais ou menos.
Meu Deus, será que algum dia eu vou ser especial para alguém sem ter que apelar para a franqueza? Isso machuca, cara. Tem gente que não gosta disso. Às vezes eu esqueço.
terça-feira, 31 de maio de 2011
o.o' [2
Eu estava em um dia comum na Academia Dance. Havia uma barulheira fora do normal, na verdade era noite e parecia dia de ensaio. Ele entrou e ficou encostado na barra, perto do som, estava vestindo um casaco cinza. Eu fui falar com ele e ele ma abraçou, o abraço mais gostoso que já tinha sonhado, e ele me olhava e não queria me largar. Então o abracei mais ainda. Acordei com a sensação do abraço.
É claro que existem sonhos e sensações melhores, e eu adoraria tê-los, mas acho que as pessoas lá no céu que fazem meus sonhos são muito humildes.
o.o'
Não lembro direito do sonho, mas eu lembro que era cruel. Sonho não, né. Pesadelo.
Eu lembro que era o curso que estava fazendo em São Paulo, lembro da agonia que era de ter que ver toda aquela gente estranha de novo, de ter que lidar com tudo de novo, ai que horrível que era. Estávamos em um lugar diferente, mas eu sei que estava lá.
Era tarde, e eu estava no quintal e todos dormiam, e só lembro a hora que começaram a aparecer zumbis. Eu estava sozinha e queria que alguém acordasse e me ajudasse, mas não havia ninguém. apareciam cada vez mais e havia comida numa mesa enorme do quintal, e eu espalhada tripas dos zumbis para todo lado. Eu queria tanto que alguém viesse, e logo depois que todos estavam mortos, eu morria de medo deles se mexerem e voltarem à vida. Eu lembro que alguns voavam, eram meio que fantasmas, eram gosmentos e tudo, e eu conseguia acabar com eles.
Eu não costumo sonhar com monstros.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
'Everytime I try to fly, I fall without YOUR wings. And everytime I see you in my dreams I see your face, you're hauting me, I guess I need you, baby.
Eu perguntei a ela se ele era bonito, e ela disse que sim. Eu não conseguia ver. Mais do que sinais de beleza, eu procurava um traço muito significativo para mim. Eu quase podia ve-lo, mas eu não sabia se era algo da minha cabeça ou se realmente você tinha aquela famosa pinta do lado esquerdo acima da boca. Eu podia quase vê-la.
Mas uma coisa me desconfiou: se realmente fosse você, talvez você retribuisse o meu olhar.tão intensamente quanto eu estava fazendo. Afinal ele ainda sabe quem eu sou, espero, então presumo que olharia também. Quer dizer, de fato você estava me olhando, eu vi, mas foi só por uns momentos, como que se perguntando por que uma estranha de chapéu e cabelos na cara estaria olhando. Bom, você podia pensar, você estava atraente. Estava vestido de anjo, assim como outros dois caras que encontrei pela noite. Mas foi você quem vi primeiro, e era como se você brilhasse. Ah, e você não estava seminu, estava de camiseta branca, e eram asas grandes e imponentes, voltadas para baixo. Achei que você não era quem não devia ser porque parecia mais baixo e mais forte, mas não sei, não tenho idéia de como é o corpo dele hoje em dia, apesar de ter ouvido que está ainda mais alto e ainda mais magro. Você estava a meio metro de mim, encostado num poste, olhar perdido, como que esperando por alguém. Nenhum de nós podia se movimentar, era muita gente junta. Você parecia não estar ali. Por Deus, QUEM ERA VOCÊ?
Desisti. Pus os óculos e olhei meio de lado. Que droga. Você não era 'você'.
Pelo resto da noite eu nunca mais vi aquele anjo, e aparentemente o esqueci.
Até a hora de sonhar.
Eu estava exatamente onde encontrei aquele anjo, ou melhor, estava revivendo aquela cena, aquela hora em que olhei para um garoto de cabelos encaracolados vestido de anjo. E a cena mudou.
Era você. MEU DEUS, ERA VOCÊ. Você tinha uma pinta. Você não ia falar comigo?
Amanhecia o dia, e eu estava sentada no meio-fio, como eu realmente tinha feito, e você estava por perto. Por alguma razão que eu não consigo me lembrar, assim que eu me levantei você foi até o meio-fio e se deitou. Eu tinha ido para junto dos meus amigos e, meu Deus, eu ia falar com você ou não?
Eu olhei mais uma vez e exclamei alto, mas ninguém ouvia. 'mas é claro que é ele! Anjo... Angel... Angelo...'
Eu tinha deixado meu casaco no meio-fio de propósito, caso eu reunisse coragem para me aproximar de onde você estava, assim, 'como quem não quer nada'. E foi exatamente o que eu fiz. Me afastei e fui para o meio-fio para pegar o meu casaco. Eu não olhei para você enquanto me encaminhava e pegava. Mas quando eu já ia embora, eu vi que você estava bem embaixo de mim, ainda deitado no meio-fio. E sorria para mim.
Eu não me lembro do que aconteceu logo depois, mas o que eu lembro é que você disse algo para que eu falasse com você. Estava extremamente receptivo, e sorria. Nós nos abraçamos e lembro de ter chorado. Muito. Mas você também estava chorando. Fazia carinho no meu cabelo.
'Vamos pra casa...'
Era um dia muito quente e bonito. Você estava sem camisa. Eu te perseguia pelo quintal [dessa vez era a casa onde eu moro, acho que é a primeira vez em que sonho que estou nela] e ia te fazendo perguntas, e você a respondia. Você estava na faculdade. Você estava bem. Estava tudo bem agora que eu tinha te reencontrado.
Aí acordei. Era a melhor sensação do mundo.
'Everything we had, is no longer there...'
Ele sempre foi bonito. Ele sempre foi marcante, sempre chamou a atenção. Hoje em dia muitas pessoas não o achariam bonito, mas as lembranças e impressões que eu tenho fazem dele alguém que tinha nascido para ser alguém.
- O que você quer ser quando crescer?
- Cantor...
- Hum?
- ...se Deus quiser.
- Se Deus 'chinzé'?
- É 'se Deus quiser', não 'se Deus chimpanzé'. Você chamou Deus de chimpanzé. Pede desculpa.
- Mas eu não falei 'Se Deus chimpanzé'!
- Falou sim.
- Não falei!
Ele era de todo mundo e eu sabia disso, mas e daí? Dentro do nosso castelo, EU era a sua dona. É claro que eu não tinha o poder de mandá-lo fazer qualquer coisa, aliás, eu adorava a idéia dele ser meu ídolo, meu líder, meu herói. Mas eu sabia que ele me amava. Da maneira mais pura que alguém poderia amar, e porra, eu me sinto uma ridícula escrevendo isso, mas é a verdade. Era uma coisa pura, porque não havia mais nada além de amizade. Mas eu sabia que ele me amava. E ele sabia que eu o amava também.
- É namoro ou amizade?
- Amizade.
Era o aniversário dele, e ele estava entre os colegas idiotas e eu tinha ouvido atrás da porta e tinha achado lindo. Eu desprezava todos aqueles garotos, eles eram uns idiotas perto dele. Ele era realmente um príncipe encantado. O MEU príncipe encantado. E minha maior ambição era deixar ele descobrir que eu era a princesa dele.
- Essa é uma 'paradinha' minha que se chama Tiazinha.
- Ela é feia. Que que isso?
Revistas Playboy.
- Não mexe Fernanda, não mexe, depois sua mãe vai ficar triste comigo!
- Não vai não, ela não vai saber..
- Não, Fernanda. Não mexe. [ele guardou e eu não tornei a mexer.]
A 'paradinha' era um chaveiro. Havia muitas imagens de mulheres escondidas no quarto, eu comecei a perceber a partir daquele dia. Mulheres mais bonitas do que eu jamais serei. Mulheres que tiravam a atenção dele de mim. Isso não estava ficando bom. Mas eu logo esquecia, eu não fazia esforço nenhum para parecer mais bonita. Eu tinha outros garotos na época para dedicar meu tempo e minha beleza à eles, mas saber que ele estava dedicando seu tempo à beleza de outras mulheres me deixava mal. Algo estava faltando em mim, e minha alegria e disposição não supriam essa falta.
- Fernaanda, olha, eu tenho músculo.
Ele mostrou uma bolota vermelha no braço, parecia uma espinha ou picada de um bicho.
- Você sabe como ter músculos?
- Não.
- É só deixar uma formiga te picar.
Eu lembro de um dia ter reparado o quanto ele estava bonito, muuito tempo depois. Nosso tempo já estava acabando, e não daria para eu fazer nada para chamar sua atenção. Ele estava mais focado no meu irmão, e toda a tecnologia que começou a surgir. Eu não ligava de ter sido deixada de lado porque eu tinha outras coisas com o que me preocupar. Mas é claro que eu sentia falta. Mas também sabia que eu não ia ter todos aqueles momentos de volta. Então fiquei quieta.
"I'm loving angels instead..."
Não pergunte daonde saiu a inspiração para esse nome. Não, não foi por causa de Karl Marx. Achei um nome bonito e importante. Afinal você não pertencia ao lugar que eu vivia.
Eu te reinventei e o descrevi como um anjo atrevido. Tudo o que eu queria que você dissesse, você diria para a idiota que eu tinha inventado para ser seu par romântico. Eu não me pus ali, em nenhuma das personagens, eu achava que era muito para mim. Eu era só a narradora de algo que eu queria que fosse meu. O Karl era meu e eu o manipulava a cada palavra, e isso me fazia feliz.
Foi o primeiro romance que tive coragem de escrever. E espero que seja o último. Eu tinha 12 anos. A história não passava de uma encheção de saco pré-adolescente, que toda mulher que não deixou de ter sonhos de menina adora escrever, e isso faz delas ricas, queridas e inspiradoras. Mas são patéticas. E eu não me inspirei em ninguém. Era algo só meu, baseado num alguém que só eu conhecia.
Mas não tinha muito da personalidade dele no que eu escrevia. Aliás, nem um pouco. Não passava de um rosto bonito com asas nas costas, e isso bastava. Eu só queria poder reinventar seu modo de falar comigo, digo, com a personagem, e eu me apaixonava pelo que eu inventava, e quando via o seu rosto cara a cara, eu morria de vergonha porque tinha usado o rosto dele para algo que com certeza acharia ridículo. Mas me fazia feliz.
Lara Cameron. Noelle Page. Catherine Douglas.
Mas também estou puxando o tempo pra trás. Eu não sei o que é pior, se é guardar todas as minhas esperanças para criá-las em outro lugar [e torcer para que o dia de ir para esse lugar chegue logo], e assim não vivendo, mas apenas existindo por esses dias, me preparando e sonhando com algo que eu não conheço. Ou se é aproveitar preguiçosamente cada um desses dias porque na verdade estou morrendo de medo do que vou ter que enfrentar.
As pessoas me enchem de idéia e medo, como se o meu destino fosse ser realmente ruim, com o tipo de pessoa que eu sou . Como se eu não estivesse preparada para ser adulta.
E eu realmente não estou. E vão me perguntar 'e alguém está?'. Está porque sempre foi adulto, pelas atitudes, pelos modo de pensar e de olhar, e há aqueles que serão imaturos e idiotas para sempre, que não vão crescer nunca..
E eu não tenho a menor idéia de como fazer isso.
E quem tem?
Eu não sei, mas isso me dói muito, porque eu SEMPRE quis ser adulta. Eu não vou finalizar esse texto dizendo o quanto eu tenho saudades da minha infância, porque eu não tenho. Desde criança eu queria ser alguém de nome, alguém admirável, alguém GRANDE. Alguém que tivesse o poder de fazer acontecer, de conquistar, de servir de exemplo. E o que eu ando ouvindo é que eu estou bem longe de ser assim. E é verdade.
Eu quero ser alguém, mas não tenho a menor idéia de como fazer isso. E quero saber me virar sozinha. Eu quero saber o que fazer na hora que tiver que fazer. Eu quero saber agir sob pressão. Eu quero ser inovadora. Eu quero impressionar, eu quero olhar, eu quero atrair as pessoas. Eu quero fama e dinheiro. Eu quero ser inteligente. Eu quero ser sedutora. Eu quero ser elogiada. Eu quero que me digam o tempo todo o quanto eu sou importante. Eu quero ter sempre razão.. Eu quero influência. Eu quero ser bonita e jovem. Mais do que isso, quero ser isso tudo para sempre. Eu quero ser lembrada quando morrer, e lamentarem a minha morte e saberem falar direito o meu nome. Quero que pelo menos CONHEÇAM meu nome, e que aprendam a gostar dele, e que tenham prazer em anunciá-lo. Eu não quero ser uma pedra no sapato, estou cansada disso.
Mas eu não sou assim, desde pequena. Quer dizer, eu não consigo me manter numa posição que me dê confiança. Eu tive muitas glórias, mas elas passavam rápido, eu não tinha a lábia. Eu quero ter o dom da lábia. Eu quero dizer as coisas na hora certa. Eu quero ter o poder de dizer algo que mude a vida de alguém. Alguém não. Muitas pessoas.
Também quero ter o dom de me preocupar e saber a judar. Eu quero ser a mulher da vida de alguém, e que essa pessoa seja tão especial para mim quanto eu para ela. Eu quero ter o dom de parecer perfeita. Eu quero ser mulher de verdade.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Só avisando.
'...prescribed pills to offset the shakes, to offset the pills, you know you should take it a day at a time...'
domingo, 8 de maio de 2011
"I've had the time of my life..."
Como se eu não suportasse ver que aquelas crianças que eram mais crianças do que eu já não são mais. Estão se sentindo tão poderosas quanto eu me sentia, e o que é mais importante, SÃO mais poderosas.
No final das contas é tudo a mesma coisa. A mesma cabeça vazia e emplastrada de tinta. Todas iguais.
Eu só sei que são iguais porque eu nunca fui uma delas. Coisa que eu queria tanto, mas nunca consegui. Eu sabia que podia ser muito mais do que aquilo, mas elas se divertem, e é isso o que importa. Logo, eu pareço ser sempre menos. É isso o que eu sinto às vezes, mas olhando, sabe, olhando bem, eu vejo que eu tenho me escondido tanto, todos os meus podres e todas as minhas dobras, e elas simplesmente não se escondem. Elas mostram, mas eu sei que o que elas mostram são as pernas longas e finas que não possuo, e é isso o que importa. É isso o que engana.
É banal, mas eu fico observando e é tão esquisito. Como eu poderia me sobrepor? Como posso me tornar, aos olhos deles, maior que elas? Eu nunca consegui.
sábado, 7 de maio de 2011
Do it like a dude!
quarta-feira, 4 de maio de 2011
'...too bad, Hollywood, it's got you jumping like you should, girl...'

'I'm coming home, I'm coming home, tell the world that I'm coming home...'
terça-feira, 3 de maio de 2011
Nada não.
Eu só queria dizer que eu posso não sentir nada ali, tudo pode ser turvo e estranho, mesmo para mim que sonho realista e cotidiano, mas realista foi quando você segurou a minha mão e a acariciou, era só o que eu conseguia sentir, exatamente como eu fiz com você, e eu sei que você nunca fará comigo.
Bom, nada demais, só estou registrando. Me lembrei do dia em que sonhei com seu beijo, lembrando que nunca tinha recebido um seu. Mas o dia tinha chegado, e não é que a sensação era EXATAMENTE A MESMA?
segunda-feira, 2 de maio de 2011
'Hey, over there, please forgive me, if i'm coming on too strong...'
'..just tell'em that it's human nature...'
sexta-feira, 29 de abril de 2011
'You, touch me and it's breakin' me down, me down, me down, me down...'
'...I guess nobody noticed it...'
terça-feira, 26 de abril de 2011
'you love me.. you hate me... you want me... I DON'T CARE.'
'...believe in yourself, no matter what it's gonna take. You can be a winner, but you gotta keep the faith...'
Mas eu queria te dizer que é assim mesmo. Eu queria até chorar junto, mas eu não chorei, eu o encarei e contra-argumentei. Engoli meu choro e o transformei em revolta, que se transformou em energia. Ninguém notou que um dia [um dia não, muitos dias] meus olhos, desnudos, estavam vermelhos. O que me deixou surpresa, mas feliz, porque eu não queria que ninguém me visse chorar, imagine, olhe para o meu tamanho! Estou ali há tanto tempo e já vi muita gente desmoronar, e vendo, dava vontade de desmoronar também e pedir colo. Mas a quem?
'...baby, don’t you wanna, dance up on me?...'
Apesar da raiva, eu sinto pena dela. Eu não posso me forçar a entender isso, foi insanidade pura, mas minha mão está coçando para escrever 'eu não entendo por que ela fez isso'. Ela é tão idiota, tão pequena, tão... eu não sei. Ela é uma idiota e é tudo o que eu consigo dizer. Tosca. Pífia. Energúmena!
E quanto a você... poxa, eu não consigo descrever o que eu estou sentindo. Eu gostaria de pelo menos tirar a roupa na sua frente, é uma sensação parecida com essa. Eu gostaria de dizer o quanto eu tenho pena de você por ir ao nível dela. O quanto você é idiota por ter falado aquilo tudo comigo, por ter desviado, por ter tido vergonha [vergonha??]. O quanto você é PEQUENO perto de mim. O quanto que eu gostaria de MOSTRAR a você, porque, meu Deus, eu NUNCA me senti assim, eu nunca tive a CONSCIENCIA TÃO CERTA de que você poderia se surpreender. Ela é tão pequena, vocês dois são tão pequenos juntos. E eu SEI que você é grande. SERÁ QUE VOCÊ NÃO VÊ? Bom, eu vejo. Daí que EU saberei ser conduzida, EU saberia o que fazer, sou eu quem... SOU EU QUEM SABE. Ela? Ela é sempre um momento, ela vai viver sempre assim. Eu não. Você sabe. Você viu.
Odeio ter que dizer isso, mas Britney Spears me entenderia.
baby, can you handle this? I dont think you can handle this.
Come here and take me!
Eu não ligo se você tiver raiva de mim, eu não ligo que você grite comigo, porque só assim eu sei que você sabe que eu existo, e eu vejo que você se importa e as vezes me sorri. Me pede para levantar e ficar calma, diz que eu estou usando muita força.
Afinal... eu vejo que a ela você deve seu silencio. Pode continuar gritando. É sua voz que demonstra seu respeito por mim.
domingo, 24 de abril de 2011
Heaven Can Wait.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
'...and Susie's ain't your friend!'
quarta-feira, 20 de abril de 2011
É pedir muito?
domingo, 3 de abril de 2011
Só testando...
quarta-feira, 30 de março de 2011
'You could be my unintended choice to live my life extended. you could be the onde I'd always love...'
Birds flying high, you know how he feels...
quarta-feira, 23 de março de 2011
'...even tough we cannot last forever baby, you know what I want right now...'
'speechless, speechless, that's how you make me feel...'
domingo, 20 de março de 2011
"...I can't ever run and hide, I won't compromise, 'cause I'll never know ..."
'Baby, baby, baby, spend your time on me...'
sábado, 19 de março de 2011
"I'm telling you, let's just give it up and get down, and get down, and get down..."

quarta-feira, 16 de março de 2011
'She's going Hollywood Tonight...'
terça-feira, 15 de março de 2011
quarta-feira, 2 de março de 2011
Human Nature.
Mas o pouco sentido que isso tudo faz é crucial: eu gosto de ficar bem. Eu gosto ao menos de VER QUE tudo está bem. Se eu vir, eu vou sentir. Pode ser fingimento, eu não ligo, nada do que eu vivo é muito verdadeiro mesmo. Mas que esse fingimento seja BEM fingido. Se eu consigo fingir para mim mesma que está tudo bem, por que eles não podem também?
É verdade que eu gosto de tudo certinho, então é provável que eu goste muito mais de ver a verdade. Mas a verdade é tão chata. A verdade me atormenta o tempo todo, me fazendo ficar presa a um mundo que é o mais normal e sincero possível, mas não é o meu. EU ODEIO ESSE MUNDO.
Então eu vou partir, e não vai demorar tanto. E vou sozinha, o que é maravilhoso. Mas eu não vivo sozinha no meu mundo desde sempre, e não quero ter uma vida melhor sabendo que as pessoas que antes viviam no meu mundo vão continuar num mesmo mundo, não vão se renovar, não vão ser felizes comigo. Eles estarão entregues à toda sorte de desgraças que continuarão acontecendo, porque eles escolheram ficar. Ou pior, eles precisam ficar, pois este realmente é o mundo deles, gasto e triste, onde eu me criei e daonde eu nunca deveria sair, porque senão será nada mais que abandono, ou egoísmo.
Tenho certeza que se alguém partisse em vez de mim, eu faria de tudo para ir junto. Sou invejosa. Quero sempre tomar parte daquilo que não é meu, e que parece melhor, e é INCRÍVEL como ninguém até agora mostrou ser assim [o que é bom, mas é estranho]. Porque eu tenho CERTEZA de que eu seria. Eu não gosto de estar atrás de ninguém. Mas agora descubro que não gosto de estar à frente de ninguém. Isso parece meio altruísta, mas ao mesmo tempo não é. Talvez seja comodismo. Mas se fosse comodismo, eu não optaria por viver, eu não estaria fazendo planos. Mas é incrível como eu sempre arrumo um jeito de ser má. Ora eu sou má comigo mesma, sendo altruísta [ou cômoda], ora eu sou uma traidora. Será que não há um jeito de tudo ficar bem, e que seja AO MESMO TEMPO?
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
"I've got sunshine, on a cloudy day..."
'I lost my heart on a carousel...'
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Stop... before you get enough.
Rock your body.
"...Baby, don't make me fly away, gonna stay..."
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
'When I grow up...'
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
'Bury it, I won't let you bury it...'
'Yeah, you will be the death of me...'
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
"...'cause darling, you are the only exception..."
Gloria in excelsis.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Desculpa.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
'A whisper, a whisper, a whisper...'
Mas agora não.
'The mind is the magic, is you...'
De repente tudo me invade e tudo cai.
Sabe o que é sentir-se impotente? Como se sua coroa tivesse caído?
Talvez amanhã o meu reino se recupere. Levo algum tempo para reconstruir os muros de novo, e logo depois eles caem de novo. Eu não ligo. Adoro utopias. O que seria de mim sem elas?
Alguém com uma cabeça de menos sonhos. Quero ter e realizá-los todos, e quando meu muro cair de novo, vou ter uma lembrança ou fantasia nova para reconstruí-lo.
Porque chove muito no mundo lá fora. Nossa.