quarta-feira, 29 de junho de 2011

'...pray to your God, open your heart... whatever you do, don't be afraid of the dark. Cover your eyes... the devil's inside...'

Não me descobre. Não me olha por muito tempo. Não quero me ver desintegrar, desmembrar, distorcer. Quero ser para sempre algo mágico. Não quero a realidade da intimidade, tenho medo dela.
Quero ser imaginação, me manipular, me moldar, porque não posso fazer isso com uma carne endurecida por já estar formada. Quer dizer, eu posso sempre melhorar. Mas quero ser mais do que isso. Eu quero que seus olhos brilhem até quando ver a terra, porque eu quero que você deixe de precisar do céu. Ele está muito lá no alto, você não concorda?
Eu quero mais que a sua certeza, eu quero A MINHA. Eu vou querer sentir o que seus olhos aparentarem sentir. Eu quero já estar descoberta quando você, ou qualquer outro alguém, descobrir. Eu quero poder dar a magia no meio do caos, do nada. Mas não sei como fazer isso.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

cheater!

Seu nome pesa nas minhas costas. É tudo o que eu tenho a dizer.

terça-feira, 21 de junho de 2011

"...I'm on the edge of glory and I'm hanging on a moment of you. I'm on the edge with you!"

Escrevo o meu destino e então o leio, tempo depois. Justamente quando estou na melhor parte dele, numa parte em que devia continuar, em que devia ter um longo caminho pela frente, percebo o quanto estava perto do fim, e como é que eu não percebi? Então me dá raiva, agonia. É como ler a historia de outra pessoa, como se alguém além de mim o tivesse escrito, e eu nunca o li, não sei de nada. Eu me surpreendo com o que eu faço e o que você faz. Parece outra coisa. E o pior, fico aguardando o próximo capítulo, SE HOUVER algum próximo capítulo.

domingo, 19 de junho de 2011

Savior, savior, save me once again. Savior, savior, save me from myself.
You disappear to walk alone, I fear. If only to erase of you here...
Once again, you have betrayed me, yes my friend, you drained me. Only then, will you embrace me?
Only then, did I call out Savior, savior, save me once again. Savior, savior, save me from myself.

La nuit du chasseur.

Escrevo, escrevo, escrevo e não preciso da sua resposta. Sempre sou eu quem diz algo. Eu me pergunto e eu me respondo. Você observa.
Mas eu preciso dos seus olhos. Eu preciso da sensação de ter alguém me olhando e me amando. Eu preciso saber que alguém precisa me ouvir, tanto quanto eu preciso falar.
Eu amo falar, mais do que isso, eu amo lhe falar. Eu amo acreditar que você existe. Eu amo ter esperança, eu amo poder dividir a minha alma com alguém que não precisa dela. Eu amo.

sábado, 18 de junho de 2011

'I close my eyes, I can see a better day...'

Hoje sonhei com o traumatizante TeenBroadway mais uma vez. Tenho sonhado com esse lugar a cada semana, e cada semana é diferente, o que não muda é o desconforto.
A peça era Legally Blonde, e eu as assistia. Elas estavam todas iguais. Todas lindas, todas melhores que eu. Eu observava de longe e me perguntava o que eu precisava fazer para ser uma delas...

***

Não lembro direito. Mas eu sei que estava em Paris. Porém era só o nome, pois a Torre Eiffel estava longe, realmente muito longe. Parecíamos estar numa estrada com neve quase derretida. Estava nublado, e estávamos perdidos. Eu, meu irmão e minha mãe em seu carro. Estávamos procurando algum endereço.
Depois estava no que parecia um pequeno shopping. Que parecia também um clube. Eu só passava por dentro dele, eu não entrava nas lojas, não tinha gostado do lugar, ou porque era sem graça ou porque não tinha dinheiro. Houve uma cena em que eu parecia estar olhando um bonequinho que parecia um duende numa vitrine de loja que parecia de brinquedos, e brinquedos e decoração natalina.
Era noite e continuávamos na estrada, e passávamos por algumas casas humildes e cercados onde soltavam fogos, e era tudo muito perto de nós, mamãe continuava dirigindo. O que era aquilo tudo? Até que paramos num bar qualquer de esquina. Havia pessoas conhecidas ali, eu interagi com elas não lembro como, e eu parecia estar fugindo de alguém, ou querendo encontrar, eu estava desconfortável.
Então ele chegou. Estava com a aparência do ano passado, relaxado, bonito, de camisa preta. O pai dele estava logo atrás, eu estava morrendo de vergonha de cumprimentá-lo. Mas o seu filho eu abracei e beijei o pescoço como sempre faço. Mas eu queria mais, então o beijei no rosto, um lado e depois o outro, e ele estava naquela brincadeira de sempre, de fazer de conta que está achando que era algo inocente. Eu continuava a beijá-lo e consegui chegar à boca, e comemorei internamente por ele não ter resistido, ele me beijava de volta, com empolgação. Mas que beijo HORRÍVEL. Eu não me lembrava de ter sido assim, os outros foram tão bons! Era seco, estranho, AMADOR. Odiei. Mas continuei. Depois que acabei, vi que o pai estava sentado logo atrás de onde estávamos, e ele sorria pra mim de um jeito debochado. Que vergonha!

***

Era tarde, e parecia ser o fim dela, pois eu via o sol laranja se pondo. Era uma tarde muito bonita, havia o sol, mas o céu estava branco de nuvens, e havia neve semi-derretida e grama verde, e havia a estrada cinza. Estávamos à pé, e éramos mais ou menos quinze, não lembro do rosto de ninguém, mais ou menos o de uma garota de uns 20 anos que se agachou, como eu, para pegar ou deixar um presente embaixo de um pinheiro na estrada [era Natal?]. E continuávamos a andar. Estávamos de roupas pesadas, mas eu não sentia frio, eu estava me sentindo bem, eu só enxergava aquele sol laranja. A gente estava voltando pra algum lugar, eu sabia. Mas pra onde?

'...people talk, people say, what we have is just a game, oh...'

Torna-te parte de mim. Não. Esqueci que já tornastes. Agora preciso ser tua parte. Saber quem és. Conhecer as borboletas do teu estômago. E fazê-las minhas, mas por mérito seu. Eu preciso, eu quero saber.
Quem és?

'I won't cry for you, I won't crucify the things you do. I won't cry for you, see, when you're gone I'll still be Bloody Mary...'

Todas as noites espero por uma mentira. Uma não, duas.
Uma me dá segurança, presença. Dela eu preciso, talvez porque meu coração saiba que a segurança que eu sinto é tudo o que eu tenho, é o que te segura e ME segura, é o que nos une.
A outra me dá amor e atenção. Tudo o que eu precisava. Sabe que eu adoro uma mentira. És tu.
Deixe-me explicar que a culpa, primeiramente, é toda minha. Nada de mim para você parece ser seu. Nunca me diz nada, só me responde. Mas me toca, me conquista e me descobre. E me descubro. Daí a minha devoção, talvez. Me atraindo por ti, me atraí por mim? Não te descobri ainda.
Não importa, não por enquanto. Porque de repente te espero, te imagino, até te sinto. Não passa de uma sombra, cuja única solidez é a palavra.
Se tu não és, eu serei. Vais sumir, mas eu vou ficar. O prazer é, e vai sempre ser, todo meu.
Vai me fazer crescer. Vai me fazer sentir mulher, vai me fazer sentir desejada. Eu vou saber como é. VOCÊ não vai saber como é. Não vai sentir. Não vai aproveitar. Eu só queria dizer que quem vai sair ganhando vai ser eu. Eu vou aprender. E você? Você vai sumir. Vai se camuflar, e nunca, mas NUNCA vai conseguir ser algo mais que... uma sombra.
Se és, sou. Se não és... serei.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Jacpot.

Me sinto livre porque eu fui até você, eu tive essa coragem. Mas coragem de começar eu já tenho. A coragem de manter, nunca. As pessoas geralmente sabem o que eu faço para me manter. Mas eu não liguei. Para falar a verdade, não é a primeira vez que estou nessa, mas é a primeira vez que entro, e o que é mais engraçado ainda, porque não pensei no que teria que fazer.
Eu queria te impressionar, eu queria ser única para você, e ainda quero. Eu quero que você queira a minha atenção. Eu quero que você me queira. Mas antes isso não existia, porque eu não precisava da sua atenção. Eu, através de você, mostrava um eu que era representação, teatro, mas que acostumei tanto a fazê-lo que já se tornou parte de mim, uma característica obtida no vício. Eu queria saber até onde podia ir na minha seriedade, na minha ironia, na minha provocação. Eu estava representando. E a partir dessa representação, eu me abri.
Eu te dei a minha alma e não me importo se você a deixar por aí. Eu nem sei seu nome, e aparentemente não preciso. Para você eu também não sou ninguém.
Eu te dei a minha alma porque eu sei que você não vai sentir o peso dela. Nós não precisamos um do outro para sobreviver.
Quer dizer, eu preciso das suas palavras, mas não importo se você não precisar das minhas. Eu só preciso que você as segure.
Eu te dei a minha alma porque eu não a daria se você olhasse nos meus olhos. A minha alma só pertence àqueles que não ficam buscando, pois você me faz sentir livre. Eu não preciso te dar explicações, eu não me sinto inquirida. Você pediu o meu tempo e eu te dei minha alma.
Eu vou mentir e esconder enquanto as pessoas olharem nos meus olhos, eu vou enganá-las todas.
Eu te dei a minha alma porque ela precisa de mãos diferentes. Ela está prestes a mudar, e eu sinto isso, e estou com medo, e por isso a deixo com você. Você não precisa levar, só precisa pôr as mãos nela e deixá-la livre. Ela vai crescer ainda. Será que você um dia veria o tamanho que ela vai ficar? Eu nem sei se você existe!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

'...anything, oh anything, to chase the rain goodbye. When you left with all your dreams I couldn't say goodnight...'

'Never have i ever been so sure... Never thought i'd see you walk in that door...
I can make you feel (like you're a king), no remedies (no compromise), would you rather be, right here with me? I want you right here next to me.'
Isso estava na minha cabeça a noite inteira.



Era mais um lugar louco que eu achava que nunca tinha estado na vida, mas agora que estou lembrando, o prédio tinha alta semelhança com o Vivo Rio, e ainda estava mais iluminado e bonito, e era noite. Em todo caso, eu sabia que era um teatro, e eu sabia que era uma cidade diferente, e eu estava com duas garotas. A única de quem conseguia ver o rosto tinha semelhança com Amy Farrah Fowler. Só que mais doce.
Só que antes da companhia dela, pode ter sido depois tambem [a ordem nao importa tanto], acho que eu estava na companhia de um homem bonito, alto, branco, cabelo preto cortado, barba por fazer, parecia ter uns 30 anos. A gente conversava sobre algo da conferência [parecia que estávamos ali para uma palestra da faculdade ou algo do tipo], e ele queria saber se eu era deste país. Eu achava estranho, pois eu sabia que ainda estávamos no Brasil. De repente dois homens, bonitos como ele, se aproximaram dele e eles ficaram conversando em alemão. Pareciam guarda-costas e falavam com aparencia grave. Ele me pediu desculpas e falou algo como prazer em conhece-la, ou que ele era alemão, e foi embora.
Daí eu estava na presença das duas garotas, elas seguravam cadernos na mão, e conversavamos.
- Mas o Trianon é o palco. - a menina disse
- Bom, na minha cidade Trianon quer dizer o teatro inteiro, e do tamanho deste aqui - argumentei, rindo, e fazendo gestos indicando o lugar. Elas riram impressonadas, tipo 'uau'.
O curioso é que a cena com o homem bonito se repetiu: elas duas também achavam que eu não era desse país. Como assim? eu perguntava pra mim mesma, e nós todas falávamos em português. Elas também se afastaram, e eu fui embora sozinha.
Depois seguiram-se cenas turvas, como o 'escorregador-casinha' que tinha onde antes era o terreno do Teatro Trianon [de verdade], onde eu e o dono daquela pinta costumávamos brincar. Lá agora era a minha casa, e era maior. Mas conservava o escorregador, os rolinhos de madeira, as cordas e escadinhas. Eu estava ralhando com alguém, acho que era a minha empregada. Havia muita gentalha ali, e na0 lembro direito, eu só sabia que tinha que sair dali. Eu estava incomodada.

***

Eu estava num apartamento pequeno, e era o dele. Estava ligeiramente bagunçado, e era muito, muito pequeno, parecia quarto de hotel. Estou tentando me lembrar sobre o que nós conversamos quando nos encontramos. Deve ter sido mais ou menos que nem o sonho anterior, sobre como estava a vida dele, porque eu perguntei onde ele estava estudando, e ele mencionou exatamente o mesmo nome da faculdade do sonho anterior. Eu ofeguei muito alto, ele até se virou. Então era verdade o que eu havia sonhado?
Eu dou risada com essas coisas, no meu próprio sonho eu me lembro dos sonhos anteriores, mas enfim.
Ele depois mencionou o apartamento onde estavamos, dizendo que daria um jeito quando eu me instalasse.
- Você quer dizer que eu vou morar aqui?
Ele afirmou com a cabeça lentamente, me olhando sério.
Eu estava tensa e preocupada, mas depois acabei me divertindo. Estávamos na cama e nós contávamos e mostrávamos muitas coisas nostálgicas, ele me puxou pelo braço, e me mostrou um pote de balas artesanais que fizeram parte da minha infância.
- Mas são chicletes!
- Ok, mas você lembra?
- Lembro! Só não deixe Nelsinho vê-los, ele vai comer tudo!
Tinha um pedaço de papel dobrado na cama e eu abri. Era ele quem tinha escrito, a letra meio garranchosa como eu a conhecia, falava de boas vindas e de romantismo. Eu fiquei com medo, medo dele não querer, medo de ele não gostar. Eu sorri e nos beijamos.
Quando acordei, ele estava em pé secando o cabelo com a toalha, mas eu vi que não estávamos sozinhos. Havia uma velha penteando o cabelo em frente ao espelho. Tia Sônia. Ela olhou para mim com um rosto meio que culpado ou envergonhado e saiu do quarto silenciosamente. Ela parecia mais baixa que o normal [ou eu mais alta do que o normal]. A porta estava aberta e eu vi um homem de meia-idade que eu conhecia de algum lugar passando e olhando para dentro. Ele nao foi o unico, algumas pessoas passavam pelo corredor e pareciam conhecê-lo, pois sempre estavam olhando para dentro do quarto com expressão de curiosidade. Tornei a olhar para ele e estava preocupado. Eu perguntei qualquer coisa, talvez se ele ia sair, e ele falou que sim e mais alguma coisa, e falou baixo, com o rabo do olho na porta. Ele se despediu de mim e disse que ia trabalhar, e saiu, eu ia ficar o dia inteiro naquele quarto. A última sensação que eu lembro de ter sentido antes de acordar era aquela aflição de não saber se meu protetor ia voltar para casa.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nossa, parece que cada hora algo faz falta. Muitas vezes é o físico. Mas mais do que nunca eu sei que são as minhas atitudes que pecam.
E eu queria tanto ser diferente para você. Eu devo sim ter te impressionado, mas de uma maneira meio negativa. Acho que você ficou com medo de mim. Nossa, como isso é chato. Eu tentando ser única, e do nada você olha e comenta a primeira bunda que passa.
É brincadeira, eu não ligo. Já estou acostumada. Mais ou menos.






Meu Deus, será que algum dia eu vou ser especial para alguém sem ter que apelar para a franqueza? Isso machuca, cara. Tem gente que não gosta disso. Às vezes eu esqueço.

O direito de estar feliz por sua causa é todo meu. Mas a culpa é toda sua.

hum, que droga.