segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Perdi mesmo a conta de quantas vezes sonhei com você desde que te conheci, mas hoje deve ter sido provavelmente a 10ª. Eu te seguia e te perdia, e ia te procurar na praia, mas tinha sempre alguém pelo caminho e a praia parecia longe.... mas então eu aceitei a carona de alguém e quando passamos em frente à praia, eu te vi sentado na areia olhado para o mar - seus cabelos são inconfundíveis. Eu pedi para descer e fui ao seu encontro. Quando falei com você, você quando olhou para mim com o rosto de uma pessoa que não tem nada a ver com a nossa história. Eu tentei ignorar o fato e, quando ia pedir para te beijar, eu acordei por conta própria.
É sempre assim, quando tento ver o seu rosto, ou de qualquer pessoa desejada, o rosto se torna outra coisa, geralmente oposta e sem qualquer ligação. E eu sonho com você toda vez que eu falo com você ou te vejo. Eu não lhe dou descanso. Eu queria que esse desejo passasse para você, porque eu me pergunto se o que você sente por ela é isso tudo o que eu tenho guardado.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Eu gostaria de saber até quando as coisas vão ficar neste pé. E então eu, com um pouco de alívio, penso 'para sempre, algum problema? Alguém já morreu disso?'. É muito fácil você pensar quando está em paz mental, porém.
Porque toda vez que penso em ir mais fundo, em ser um pouco mais... 'normal', é como se soasse falso. Completamente não-eu. Como se eu fosse uma boneca que não pode ter as roupas trocadas e o cabelo penteado de um jeito diferente, senão perde a forma e a magia. Eu gosto da minha magia, da minha aura. Mas tem vezes que eu preciso que ela seja trocada. Eu penso que tenho muito o que trocar mas depois eu penso melhor e vejo que na verdade o que eu tenho por dentro não é algo para ser compartilhado. Eu não quero que vejam, eu não quero que saibam, eu não quero que descubram. Eu só quero ser cuidada.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Eu gosto dos seus cílios longos e do desejo pesado que eles escondem.
Tudo parece inútil, não importa como ou o quanto fale. Isso quer dizer que não sou eu quem vai conseguir te mudar.
O que eu faço para te salvar?

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Eu me apropriei de tal forma de você, de seus sentimentos, da sua felicidade, que nada do que você sente me satisfaz por completo. Eu tenho uma teoria: é porque o que você sente não vem de mim, do que eu faço para que você acabe se sentindo de uma certa forma. Mas quando isso acontece, ah, minha felicidade é completa. É claro que eu sorrio quando você sorri e tenho vontade de morrer quando vejo que algo deu errado porque não posso cuidar de você, mas é que eu me sinto realmente impotente. Eu queria carregar seu destino nas minhas mãos porque estou com medo do que você está fazendo com ele, mesmo que eu saiba que seja uma responsabilidade muito grande. Mas eu sou forte. Mais forte que você. Não é isso o que você acha?

sábado, 15 de dezembro de 2012

Sua humanidade é quase palpável, e se eu quiser senti-la, só preciso te observar, e imagine você que observo de muito, MUITO longe. São traços fortes que me doem os olhos e são massivos e pesados mas quando eu posso quase que mastigá-los, são ao mesmo tempo macios e doces.
Mas o palpável não vem apenas com os traços, mas o que você faz com eles. Eu posso sentir o seu beijo quando você fecha os olhos porque todos os seus sentidos se voltam para a sua boca que se move e direciona a sua alma para algum lugar aqui dentro da minha que se inunda e transborda. Mas não sei para onde esse excesso vai. Às vezes eu fico com o peso dessa inundação estranha e eu me vejo precisada do seu toque.
Eu estava observando seu rosto outro dia, coisa que não deveria estar fazendo, e bolei uma teoria sobre por que seus cabelos eram curtos, quando o tipo deles pediam para serem estirados e cuidados, mas você os mantém assim, contidos, sem atrapalhar a sua fronte. Acho que se eles fossem mais longos, causaria uma tal explosão de perfeição e loucura que ninguém suportaria. Então você mantém esses cabelos desalinhados e curtos para que você ainda tenha permissão de permanecer na Terra. Desse jeito quem percebe que não pode se manter neste lugar sou eu, porque minha beleza não existe quando eu percebo suas formas escondidas, guardadas, enquanto eu grito um pouco da beleza que tenho para preencher o espaço vazio que tem aqui dentro,  e eu te vejo tão cheia tão transbordante que é quase insuportável. Eu te odeio.
Você não parece ter sido feita pra ser amada....e talvez justamente por causa dessa grande tragédia, todos se sentem na obrigação de te amar, porque porque porque....  deixe-me ver uma explicação..
Acho que acaba cabendo em nós algum tipo de admiração por tudo o que 'não é'. Se algo 'é', nós fazemos questão de tornar o que 'não é'. Você 'não é' mas te tornamos 'é', o que é muito engraçado, porque temos uma ânsia maldita em querermos ser iguais aos outros mas quando se trata de idéias, fazemos questão de dizer que pensamos diferente, que pensamos melhor, ou melhor ainda, que pensamos pior mas a idéia do pior nos parece mais 'humana' mais 'politicamente incorreta', e por isso mais aceitável. Você então se faz politicamente incorreta e abraçamos a sua idéia e caímos no seu jogo. Esperta, eu diria. Mas você não sabe sair dele, este é o ponto.
E sabe o que mais? Eu adoro ser enganada. Mas eu sei que nesse jogo de contrário, quem se engana o tempo todo é você.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Eu cresci rápido demais. Nunca gostei de ser criança, de ser tachada de criança e ser olhada como criança, então talvez por isso sempre repudiei os risos infantis, os pensamentos fantasiosos e brincadeiras de imaginação em excesso; era preciso que houvesse algum elemento que pudesse me fazer acreditar que era real, para que eu não ficasse pairando na fantasia sem saber como colocar os pés no chão.
Hoje em dia eu reconheço isso e me machuca porque eu percebi que meus pensamentos são por demais adultos, sobre restrição, generalização, realidade e ainda mais liberdade. Tudo ou é ou não é. Você é de um jeito ou de outro. Você NÃO PODE ser daquele jeito porque é inaceitável. Isso NÃO EXISTE. Isso NÃO ESTÁ CERTO. Isso NÃO PODE ACONTECER. Eu me sinto confortável assim, pra te dizer a verdade. Porque apenas colocando rótulos ainda que inúteis eu sei que cada coisa fica em seu lugar. Nada fica pairando com o risco de eu não conseguir pegar. Isso me deixa segura.
Mas eu sei que o mundo não pode ser dirigido dessa maneira então eu me envergonho. Embora se não fosse esse mundo que QUER que eu recupere a fantasia e a liberdade porque a diversidade hoje em dia te OBRIGA a ser tudo ao mesmo tempo. Você não é mais uma coisa só então logo você tem que ser tudo senão se sente um nada. É quase um dever voltar a ser inocente. Coisa que não é inocente coisa nenhuma. Se eu não soubesse que sou de um jeito, se eu não me rotulasse, eu até poderia. Mas.

다행이다...

 É como se eu estivesse solta no espaço e tivesse um monte de fios que poderiam me dar um pouco de segurança, mas que não consigo agarrar... até que agarro um pelas pontas. Vamos ver se vou cair.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Eu sabia que uma hora ele se viraria para mim, e então abaixei a cabeça e agi como se nada estivesse acontecendo, afinal quem sabe seria só impressão... mas não foi.
'Você é importante', ele disse, enquanto tocava meu ombro, e nós três desatávamos a rir de vergonha da situação que se formou por culpa dele. Ah claro, ele tinha toda a razão. E justamente por ter prestado atenção na minha conversa e  ter me dito algo simples e direto, eu senti uma tremenda vergonha pelo que tinha falado antes. Hoje de manhã eu encontrei um garoto de blusa azul. Tinham mil detalhes nele que faziam ele ser o único digno da minha atenção, mas o principal dele era a blusa azul. E logo mais, no almoço, eu percebi que todas as pessoas bonitas ali estavam vestindo azul. E foi ali que tornei a vê-lo. O azul-real dele era o mais bonito de todos. E então o desejei, e disse à Juliana como eu me sentia quando via alguém daquele porte sendo obrigado a respirar o mesmo ar que eu. Como se eu pudesse um dia estar no nível dele e me fazer mais importante não rápido quanto ele foi para mim em questão de segundos.
'Você é importante' e eu não sei se era tom de ironia ou porque queria que eu me sentisse u cadinho melhor.. seja o que for, ele não tinha a intenção de me deixar mal, eu lhe dei uma chance e descobri como ele era doce. Façamos de coisas que para nós eram importantes. Ele me fez me sentir importante.... acho que mais que o que o garoto de blusa azul faria.
Eu rio de mim mesma logo após me referir a você como uma divindade. Como é que a minha ansiedade de acreditar em algo belo e perfeito faz de você o refém dos meus sentimentos. Fico pensando se poderia ser qualquer um em vez de você.. talvez sim.  Mas eu penso que minha escolha foi boa. Te venerar é bom, me coloca em uma prazerosa posição de [submissão]conforto. Ter irgulho de mostrar-se capaz de dedicar a alguem de forma quase, não sei dizer, religiosa, e uma coisa significante em certos lugares. Mas não é sempre assim. Então me preocupo. E então te guardo no bolso. Ninguém precisa saber o quanto somos felizes juntos. Você não é feliz?
Não é que é ruim 'fazer história'. Na verdade eu não sei daonde vem esse medo, como se fosse uma vergonha não de existir, mas existir da maneira errada. Tudo o que eu sou foi uma coisa tornada maior, ou não. Uma coisa que já existia. Nada foi criado por mim, não por depois apontarem o dedo perguntando o que eu fiz, asm de não conseguir manter e tudo sumir.. Mas nada some por inteiro... sempre alguém vai se lembrar. E eu tenho medo desse alguém. É um medo cego, não sei daonde vem. Mas é o que eu tenho.
O cheiro enjoativamente infantil dele estava entranhado nas minhas mãos depois de se entrelaçar com as dele, que eram tão macias e tão quentes que suavam perigosamente. Mas era confortante. Ele era bonito e muito delicado, com a pele mais macia que jpa toquei, e tudo o que eu queria erar ficar com ele como cuidar de uma boneca. Foi quase como se apaixonar como uma garota... ali eu não era mais uma garota. Eu era um monstro que não sabia mais fazer carinho. Teve um momento em que nossos olhos se encontraram e não se desfizeram... eu sou uma pessoa que sepre foge mas isso não aconteceu dessa vez. Talvez porque eu sabia que VOCÊ ia fugir [o que no final você fez], então eu me sentia na obrigação de cuidar que tivéssemos alguma relação memorável por alguns minutos... alguma coisa que você pudesse se lembrar. O nosso encontro na verdade foi a minha 'segunda vez'. A minha primeira tinha sido desastrosa, com alguém que tanto não sabia conduzir como eu também não sabia como dizer o qu eu queria. Dessa vez fiz certo, pena que foi com a pessoa errada... Mas quem sabe a maciez das suas mãos tenham sido  uma preparação da rigidez que eu procuro há tanto tempo...
Nós podíamos agora existir juntos mas não, você teve pressa. Mas quem sente a sua pressa sou eu porque quem corre sou eu, que corro atrás de você sem fazer barulho. Se você parasse um pouco de andar e olhasse para trás, talvez...
Mas eu sei que não vai olhar. Continue andando então mas ande por vezes de lado para ver minha silhueta ou com os ouvidos atentos para que sinta a presença dos meus passos. Já vai fazer uma grande diferença.
Eu nunca acreditei, nem quis que tudo tivesse um fim. Porque eu não encontrava sentido em lamentar o fim das coisas boas, e não das coisas ruins, como se só as boas tivessem fim. É o que parece, ao menos.. o mal nunca irá embora, e enquanto ele não for, haverão pessoas dispostas a fazê-lo ir [embora saibam que uma hora ele vai voltar] e assim o sofrimento, e consequentemente o desenvolvimento, não vai permitir que a alternância da guerra em busca de paz deixe a humanidade cair.
E então eu entendo por que vivo com medo, e ele me assusta quando eu REALMENTE o percebo aqui, mas depois ele se esconde, não some, apenas fica ali. Eu queria viver sem medo. Mas eu só sou eu porque estou sempre com medo..

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Droga, que vontade de não ser humana.

L. [I]

Nós dois, quando estamos juntos, nos sentimos acima da terra e do mar, como dois príncipes que sabem que se pertencem e que não precisam assumir: nossa postura fala por nós. Nossa conversa é cadente e calculada, e hoje eu percebi que não é só eu quem conduz essa dança por demais pomposa: você também faz isso, só ainda não descobri se é por querer. Sua celestialidade se revelou para mim desde que te vi pela primeira vez, então quer dizer que é mais ou menos normal, mas até onde e por quem?
Mas, minha carne insiste em querer ser mostrada, mesmo que ela acabe se chocando contra uma fria parede de 'angelicalismo' [?] que aparece entre nós dois [da sua parte, é lógico]. Você sabe, quando duas pessoas começam a se medir, é porque uma delas está mentindo descaradamente pelo desejo de ser aceito.
Eu fico imaginando seu beijo e sinceramente, não consigo sentir gosto nenhum. Quer dizer, eu não consigo saber. Então me dirijo à sua pele e seu cheiro para ver se encontro algum cheiro de pecado. Mas o  seu cheiro é algo realmente imaculado, uma coisa doce que tem a ver com os demais homens que encontro  e por quem nunca teria coragem de tirar a roupa. Ou talvez seja porque eu procuro você em todos os homens, porque eu ainda não entendi como te desejo tanto mesmo sabendo que você [parece, só parece] não poder[querer] me satisfazer. Acho que se você só segurasse a minha mão eu já seria uma mulher muito realizada, pra ser honesta. Só um aperto de mãos, cadente, calmo e de beiradas. Exatamente como nós dois somos.

Eu digo que sou uma pessoa que gosta de saber o que está fazendo. Mas estranhamente, nesse campo, eu gosto dos acasos. Não é uma coisa que a gente pense 'vamos fazer assim'. 'vamos pra lá'. 'te encontro amanhã, esteja pronta'. Não. Eu gosto não do susto da surpresa, mas o prazer do não sentir. Porque se eu sentir algo, com certeza vai ser medo, porque toda vez que eu sinto algum tipo de expectativa, essa expectativa vem seguida do medo. E depois, a desistência. Porque não aguento a dor. Eu não gostava de ir na montanha-russa quando era criança, e não gosto até hoje. Porque não gosto do que tem ali. É algo programado, mas algo que antecipo e por isso, sinto medo.
Então, não faço. Se vai me dar medo, não vou fazer. Mas se quiser que eu faça algo, faça com que eu faça sem saber. Pra não doer.
Ele queria uma intimidade diferente do que eu desejava. Não uma intimidade maior. Só diferente. Talvez ele fosse um homem diferente mas como posso imaginar o que estava se passando pela cabeça dele? Ele perguntou onde eu ia, mas não perguntou meu nome. Disse que eu não 'parecia daqui'. Eu não me pareço com ninguém. Interessante, né?
Na verdade talvez eu não quisesse intimidade nenhuma, e tudo fosse só uma obrigação mulheril de se fazer aceita[notada] e lembrada[desejada] por qualquer pessoa cuja atenção consiga capturar. Eu já podia imaginar acordando sobressaltada pelo quente da mão dele sobre minha coxa. O que ele explicaria?
Eu tinha o quente da voz, porém. Mas não conseguia sentir calor algum porque entre o lóbulo da minha orelha e a boca dele se encontrava a névoa do medo, e então tudo o que eu sentia era um desejo enorme de sair dali..
..mas um enorme desejo de ficar, fazer esse medo ir embora e sentir algum calor vindo da mão dele. Talvez não fosse o que eu honestamente queria, mas mas só eu sei o tanto que eu precisava.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Eu já lhe disse como escuto música?
Eu não escuto. A música é apenas um intermédio para melhor visualização dos meus sonhos que demandam a trilha sonora. Os passos e o rosto e os movimentos são o principal. Não a música. Eu não ouço pelo prazer das notas, mas pelo prazer de me ver executando aquele movimento para alguém em especial.
Minha mente então não descansa. Aliás, acho que ela não descansa quando estou relaxada. Eu não sei o que é dormir para descansar. Meu único propósito de ir para a cama é sonhar com um mundo tão belo e talvez real ao que eu vivo quando ouço a música. Coisa que não acontece enquanto estou acordada e ativa.
Esses dias, porém, tenho tido o vazio enorme de não ter nenhuma imagem pronta, nenhuma expectativa que me faça querer fechar os olhos. E então eu me forço e em vez das minhas belas imagens, demônios aparecem. E me deixam ainda mais acordada.
Esse esforço deixa minha mente cansada, enquanto meus dias ficam vazios. Eu sei que para alimentar meus sonhos eu preciso colocar um pouco de vida. Mas não existe vida em mim. Eu só viveria se não fosse eu.
Eu realmente gostaria de ser alguém diferente, para poder viver. Mas diferente de um modo que eu não pensasse 'oh como estou diferente', mas que fosse no automático e eu não olhasse para trás ou para o espelho. Por que a partir do momento em que isso acontecesse, eu lembraria que minha mente sabe que 'não devo existir'  e então me recolherei.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Bastou um segundo para a vida voltar a correr em mim. Eu até podia sentir alguma, sei lá, centelha acendendo e iluminando e colorindo minhas veias e meus olhos se dilatassem, e você não quis procurar meus olhos e o brilho que se acendeu neles [sorte sua ou minha?], então a sensação foi somente minha.
O que me preocupa é querer saber por que isso acontece. É você quem pode me trazer de volta à vida e me fazer existir em ondas contínuas de excitação e medo que permitirão que meu corpo adquira energia para funcionar? Meu coração não me diz nada. Mas meu corpo dispara todos os alertas involuntariamente, e eu não sei se isso é porque ele, sei lá, sabe das coisas ou se é justamente porque você tem o rosto dessa cidade e é o único símbolo de vida que ela carrega. Você parece ser a única pessoa daqui que parece ter algo a me dizer [e que eu teria o prazer de ouvir].

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Você é tão livre e sua liberdade tanto me ocupa enquanto não tenho uma própria.... para isso que você existe.... para me deixar que eu o agarre. Que eu faça o que eu quiser com você sem que você precise de mim e então eu não te incomode....
Foi hoje que finalmente presenciei a assumi minha condição de não-existência. Bastaram algumas horas de cansaço [físico e superficial, para dizer a verdade], que por fim se transformaram num jorro de palavras guardadas por uns bons anos e a automática libertação, e depois a realização.
Mas é uma coisa fácil de perceber. A minha não-existência é opcional. É como se eu fosse a eterna narradora-observadora, nunca se rebaixando às belezas e aos erros do personagem. Todos são personagens, e o meu maior desejo é ser um. No entanto quando eu me vejo vestida de humana eu não me reconheço, como se tudo o que eu fizesse fosse mecânico e que todos tivessem consciência de que eram pré-determinados. Como um ator ruim que deixa o espectador sair do mundo da verossimilhança para voltar à realidade por não ser envolvido pela realidade esperada que o ator o envolvesse.
Eu não existo porque não quero me submeter à certas coisas. Eu não quero estar errada. Eu não quero ser uma vergonha. Eu quero ser perfeita. Mas eu não sou. Então prefiro não existir. Do que alimentar esse mundo já tão cheio de pessoas cheias de si que adoram contar seus erros para transformá-los em algum objeto de exposição e então de valor. Eu sinto vergonha de me imaginar existindo, é como se eu não me imaginasse agindo, sentindo, sem alguma manipulação, e sem julgamentos. Eu me julgo o tempo todo. Eu não quero ter que me machucar, eu não quero ter que morrer.
E no entanto eu tenho uma ânsia de existir, apenas porque os outros existem. Se eu pudesse apenas ficar observando de cima sem interferir, tudo bem. Mas eles me puxam para baixo e me fazem ter necessidade deles. É uma propaganda doentia que determina que eu preciso ser de um jeito para existir. Como eu posso existir do jeito deles se nem do meu próprio jeito eu consigo?
Eu apenas existo quando o outro existe. É um breve intervalo da minha não-vida em que eu desço à terra montada em alguma espécie de apoio que promete que não vai me deixar cair. Mas eu caio porque não me seguro. Então volto. Mas tenho saudade. Eu quero existir sem cair....
Ela é tão livre e tão bonita. Me pergunto se ela é bonita porque é livre. O contrário não faz tanto sentido... ela é meio jovem para sentir liberdade a partir da beleza. Tudo nela é fresco e natural e então se torna belo... como eu nunca vou ser. Já que em mim não existe liberdade e onde não entra liberdade, não entra beleza. Ela fica do lado de fora da porta, para quem quiser olhar. E quem quiser entrar..... bom, melhor nem bater na porta.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Parece, não, não parece, mas realmente é como se eu tivesse acordado. E por ter dormido por tanto tempo, eu me sentiria enjoada só de pensar na possibilidade de dormir de novo. Não que o sono tenha sido ruim. Mas é que eu tenho dormido por muito tempo e meu corpo precisa se mover fora da cama.
Bom, não foi necessariamente ele quem abriu meus olhos.. acho que partiu de mim. Eu queria que ele se sentisse bem consigo mesmo [e, é claro, comigo], e acho que funcionou.
E as lembranças estão me fugindo e não quero que fujam pois ele já está longe o suficiente de mim para que eu sofra. Tudo o que eu tenho dele são meus sonhos e minhas memórias.
Ele parecia gostar do que estava fazendo, ou talvez tenha sido apenas cavalheiro. Foi como nos sonhos.. ele gritava meu nome e queria a minha companhia. Ele conversava comigo e queria que eu o achasse interessante. Ele não sabe o QUANTO já o acho interessante...... ele me contou histórias. Ele foi curioso. Ele queria compartilhar comigo a história dele, mas ele deve fazer isso o tempo todo para fazer isso tão facilmente com uma estranha.
Ele foi comigo até o final e tudo o que eu mais queria era que ele não me deixasse ir embora, mas era o dever e talvez a vontade dele. E então fica a eterna dúvida de se ele pensou em mim depois... se o coração dele bateu diferente. Mas por que bateria, se eu não lhe ofereci nada?
O pior de ter acordado é ter acordado com a sensação de ter acabado com um sonho bom. Tipo um sonho em que você estava abraçando alguém e então você acorda com a sensação do abraço e deseja por ele o dia inteiro. Dias a fio. Até a sensação esfriar e aquilo não significar mais nada para você e você cair no sono de novo, esperando por ele para te acordar..

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Eu faço planos, há muito tempo, muito MESMO. desde que soube o que era desejar alguém. Planejava todo um jeito de manter a pessoa bem-amada, e assim, sempre surpresa. Que essa pessoa sempre me admirasse e nunca se dcepcionasse ou achava uma perda de tempo estar comigo. Eu imagino situações, cheiros, roupas, músicas, muitas músicas. Pra que tudo seja perfeito.
Mas ultimamente não tenho feito isso porque o rosto que me observa.. não tem rosto. E um borrão de uma mão máscula e morena que não tem calor nenhum porque o calor vem dos olhos. Eles são meu ponto de foco. São eles os que vão me desejar e são eles que vão me fixar na m mente da pessoa para quem estou fazendo tudo. E acho que está demorando um pouco para tudo tomar forma.
Ou melhor, tudo tem forma o tempo todo, pois sou feita de fios de sonho que agarro por aí, ao menor sinal de inspiração. aAcontece que , por incrível que pareça, meus sonhos precisam ter um certo nível de probabilidade para voarem. Para que eu não me acostume e fique esperando por coisas impossíveis que só vão me trazer falsas esperanças. Não preciso de mais. Então tudo aquilo que tiver forma é aquilo que pode acontecer. Então as mãos morenas e másculas existem, há milhões delas por aí, mas você, o seu rosto, é só um. E você não esá permitido nos meus sonhos.  Você é uma coisa que não acontece. Você não existe.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Eles eram feios.
Ok, não feios. Eles só não tinham aquela aura de.. de arte. Pareciam crianças comuns. Não feias. Comuns. Aquelas pessoas que não sabiam muito bem o que estavam fazendo  ali.
Estou brincando de novo, é claro que sabiam. Tanto que, para o tipo deles, até que fizeram muito bem. Tinham sabedoria o suficiente para passsar um pouco de calor e de vontad. Como aquele garoto que estava tocando nela. Eu queria ser ela porque eu sabia exatamente o que estava sentindo. E eu não sinto isso há muito. Aquela sensação deliciosa de saber que algo está acontecendo mas você não tem culpa, afinal foi o que te mandaram fazer, não é algo que partiu de você, então você se sente livre e por fim  excitado. Ela estava. Eu estava sentindo.
Um outro tinha as feições ossudas demais. Mas elas eram suficientes para trans mitir calor também. Ele era próximo. Ele era algo que eu pude pegar com as minhas mãos e sentir, e de repente me dei conta qeue era dele que eu precisava. E eu nem sei o nome dele. Mas não preciso, porém. Só preciso guardar seu rosto. Não que eu precise neessariamente DELE. Eu preciso da feição dele guardada na minha mem[oria para que eu saiba o que eu quero, e não só isso, mas o que eu posso.
Era aquela realidade o que eu queria... me pergunto se aquele casal que se tocava estava pensando que isso era o que eles queriam também há muito, ou se isso era um sentimento novo. Se eles já estavam habituados. É tão bom estar ali, será que eles sabem? Se sentirem livres por tudo já estar escrito. Pela história não ser deles mesmos, mas isso porque eles ali têm outro nome, mas o corpo é deles. E sinceramente? É só o que me importa. Estou cheia de tentar colocar minha cabeça ntro o u fora de qualquer padrão. Quero apenas meu corpo. Que ele fiquee livre dentro da prisão d uma repsentação, que nem a deles. Que eu possa sentir tudo como eles, sem que eu precise pensar em dar uma desculpa diferente de 'não fui eu.... aenas estava escrito'. Eu quero ser guiada e meida e tocada. Eu não quero saber de mais nada.

domingo, 9 de setembro de 2012

Eu demorei para entender que os lugares em que eu te procurava não eram tão próprios assim. Não é culpa minha, nem foi minha imaginação infantil; você, apesar de tudo o que eu já sabia, ainda tinha mais qualquer coisa de.... humano.
Acho que foi por isso que te amei tanto. Porque você não me era humano. Eu não conseguia te colocar em algo corporal, eu apenas te tinha como um anjo caído. Que eu ia cuidar e fazer meu. Que não ia sair não ia se machucar, não ia cometer erros que me mostrassem algo que te fizesse sujo e obscuro. Nada seu tinha que ser obscuro.
No entanto, não me arrependo. Te amar foi como uma eterna manhã, e lembrar desta manhã torna minhas noites um pouco menos piores. Enquanto não amanhece de novo.

domingo, 12 de agosto de 2012

Querido Deus,

eu o observo e parece que, apesar do mundo inteiro estar fazendo errado, a errada sou eu. Por que?
O Senhor gosta disso? Gosta do que me tornei?
Eu teneho medo, Senhor. Eu tenho medo do que eu posso me transformar. Eu tenho medo do que tem além. Eu tenho medo do que eu posso me transformar para os outros. Eu tenho tanta coisa guardada que acho que se eu liberar alguma ponta, algum fio que seja, sairá tudo. E eu n~ão quero fazer isso de um jeito errado, em frente a pessoas erradas. Eu quero me soltar com alguém que eja capaz de me segurar. 
Acho que o errado é saber que não sei cuidar de mim. Aí está o problema. O problema não é não querer. O problema é não saber.
Perdão Ssenhor, perdão. Por não saber com errar.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Querido Deus,

Uma frase em 'O Pirisioneiro do Céu' me chamou particular atenção: 'você não acredita em Deus. Mas Deus acredita em você'. Não sei se isso é verdade e tampouco quero saber a opinião de agluém, mas gosto de acreditar que sim.  Eu não gostaria de compartilhar esta dúvida com ninguém, pois tenho medo de que alguém queira roubá-la de mim e então tudo se desfaça. Manterei isto como um segredo só nosso, querido Deus. Posso te chamar de Queido Deus? Eu sei que o Senhor gosta de mim. E gosta da inha família e dos meus amigos. Eu não peço, eu não pedi em momento algum que o Senhor gostasse de mim. Agora eu penso que é muito melhor quando eu sei que o Senhor gosta mesmo é das pessoas à minha volta. Elas parecem merecer muito mais do que eu.
Eu sou tão abençoada. Eu tenho tudo. Eu tenho todos. Enquanto assisto as pessoas que eu mais amo caírem. O Senhor não as ama?
Elas já tiveram seus dias de glória. Então os meus também estão contados? Não há nenhuma possibilidade de todos nós estarmos para sempre bem uns com os outros? 
O Senhor me deu tudo. Por favor, dê a eles também. Eu Lhe agradeço todos os dias por cada um deles, e peço para que não os abandone, que os dias de glória deles sejam eternos porque eles merecem, eles nunca quiseram nada de ninguém. Eu quero estar na glória deles, pois minha glória sozinha é só um monte de dias felizes no meu íntimo que não pode ser compartilhado por puro medo. Por favor senhor, dê tudo a eles. Cuidem de cada um daqueles que me depositam cada olhar, cada sorriso ou cada palavra. Àqueles que cuidaram de mim desde cedo e não se sentem mais válidos porque eu pareço saber aonde ir. Àqueles  Àqueles que cuidam de mim e assistem à minha glória com um sorriso mas se recolhem com o coração cheio de suas próprias dores que não podem ser compartilhadas comigo. àqueles que ainda esperam olhar nos meus olhos mas não acreditam que isso seja  possível, pois as coisas são tão remotas e difíceis, então me assistem de longe.
Não estou dizendo que sou a melhor do mundo. Eu apenas acho que tenho tanto e tantos outros que merecem não têm nada. Por favor senhor, dê tudo a eles. Por favor cuide deles com o que não posso cuidar. 
Quero me desculpar por não compor rezas completas ou ir `a Sua casa, mas acredito que o nosso Deus está em cada Sol nascente ou em cada sorriso ou palavra reconfortante daqueles que o Senhor criou para estar junto comigo. Tudoo, toda a minha glória, todos os meus dias, são Deus. Não qualquer Deus, ou o Deus de alguém. O meu Deus.
Então, meu Deus, aja sobre o Deus dessas pessoas, se una a Eles, para que sejamos um só. Para que eu possa agradecer de coração tudo estar em paz, cada um de nós.
Obrigada por me abençoar e ter saúde e alegria e o dever de pedir para que cuidem deles, pois de mim eu confio que o Senhor cuida. E se não.... bem, apenas desejo que os outros que merecem mais se cuidem.
Muito obrigada por tudo. Por favor, continue ao meu lado.
Fernanda

domingo, 8 de julho de 2012

Temo o dia da minha despedida Porque ela vai vir quando eu menos esperar. Ela será silenciosa e eu provavelmente não vou senti-la. Não vai doer. E é exatamente isso que me dói. Eu não quero que não doa Eu não quero que um acontecimento sobre alguém que é tão importante para mim seja algo passivo, como a minha vida inteira. Eu escolhi deixar você entrar, então tenho quase que a obrigação de escolher quando você vai sair. Eu não quero que você saia. eu sei que você precisa de mim. Tanto quanto eu preciso de você. Eu  preciso olhar nos seus olhos e saber que tudo o que eu vivi e aprendi pôde ser concretizado, porque você é concretizado. Eu quero que tudo isso que eu estou guardando tenha um sentido, que não seja mais uma história sobre alguém que não parece ser eu. Sou eu sim e fui eu quem escolhi escrever esta história. Esta história é minha e sua.  de  modo que você não possa sair dela sem eu deixar.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Quando eu penso que preciso de ch~´ao, me vem a impertinente pergunta se alguma vez já tive um chão. Eu senpre estive voando, mas acontece que havia sempre alguém para me refrear. Mas agora estou voando totalmente livre.
E justamente tudo o que eu quero é voltar à Terra. Voltar a um eu que talvez nunca tenha existidos, mas ja é hora de existir. Eu simplesmente quero cuidar da minha vida de um modo não-cego e não-passivo, mas acontece que quando posso fazer isso.. eu me pego já voando. Nada me segura no ar. Nada me traz ao chão, e quando tenta e consegue, eu caio com um baque que traz dor.
Por que isto está acontecendo e por que eu não consigo me firmar? É como se eu não quisesse, também. Eu não sei o que quero, mas sei perfeitamente o que não quero. e muitas vezes simplesmente não quero fazer nada. Quero me sentar ou agir as coisas como se eu estivesse atuando, para eu não me culpar depois, eu dizer 'eu mesma fiz isso' e depois surgir algum indício de vergonha. Eu não quero. eu só quero alguma coisa que me faça acordar todos os dias com o prazer de estar trabalhando duro. mas aí eu penso que não podemos depender de ninguém além de nós mesmos. Mas como posso voltar à terra sozinha se todas as vezes eu acoacabei voando para ainda mais longe, quase que sem o risco de voltar?
Existiria, logo, alguém que me guiaria?
Mas no que estou pensando? Em decisões para a vida inteira? Eu não quero! eu quero coisas rápidas. Eu quero realidades rápidas. Eu quero ser rápida.

domingo, 24 de junho de 2012

Você é aparentemente perfeito. Afinal tudo é perfeito aos nossos olhos se eles querem, e foi pelo meu querer [de te querer] que você foi inventado por mim. Fui eu quem acordou um dia querendo pintar um quadro que representasse tudo de bom que eu sabia que existia no mundo, e acabei desenhando o rosto de um homem que embora parecesse grande para um ser tão pequeno como eu, pudesse receber o abraço que eu queria dar no mundo inteiro, mas ele o receberia. O rosto dele era diferente, tanto com expressões de persistência e desafio como um sorriso de inocência e deleite, como se nele estivesse estampado o peso e a beleza do mundo. Ele me conhecia por inteiro, sabia todas as cantigas de roda que eu costumava cantar quando criança, tinha a sabedoria paternal pela habilidade das palavras certas para me dar força e dizer que sempre estaria ali para mim e que nunca me deixaria sozinha, e que conhecia os desejos de uma mulher que eu nem sabia que existia dentro de mim e trouxe cada um deles à tona. Eu que te alimentei e te vi crescer num período de tempo que eu sempre vou dizer 'e eu nem vi', eu te modelei com todos os elementos que eu amo e que gostava tanto de admirar e tocar. Fui eu quem sussurrei todas as palavras de amor que queria ouvir de você para que você me confortasse e dissesse que eu não estava sozinha, foi o seu peito que me serviu de escudo enquanto eu batia e vociferava todos os meus anseios e dúvidas dizendo que ninguém se importava comigo, pois esse mesmo peito serviu de encosto e abrigo.
Como se eu tivesse imaginação para tanto... 
Eu não teria capacidade. Se tivesse, eu não teria coragem. Eu teria que mostrar esse meu grande feito para todos que eu conhecia e você ficaria tão embevecido pelo mundo bonito em que eu vivia que gostaria de amar e ser amado por todos, pois feito de amor você é, é amor o que você oferece e é amor do que as pessoas precisam. Assim como eu era só sua, era meu que você seria. Eu ficaria com medo, pois lá fora sempre haveria alguém que pareceria mais puro que eu e que te dedicaria um tempo maior do que eu tenho, e te levaria embora de mim. E eu teria que te deixar partir. Mas um dia eu estava olhando nos seus olhos e você disse que não partiria, pois estava dentro de mim, afinal eu o construí, eu lhe confiei minhas memórias e era com você quem eu compartilhava o que eu descobria do mundo, e era com você que eu refletia sobre o mundo. Que você era meu tesouro e que ninguém o roubaria de mim simplesmente porque você está guardado num lugar onde não há chave que abra. 
Enquanto eu te criei eu amei um homem. Um homem comum, de carne e osso, que mora meio longe da minha casa. Bonito e muito conhecido. Por isso ele não podia me amar. Ele era talentoso, e todos gostavam muito dele. Eu o amei porque ele me inspirou a ver que o mundo era mais bonito. Ele me ensinou a dançar, a estudar, a brincar, a pintar e principalmente a amar. Ele não sabia disso, e não me importava também, muitas pessoas já o amavam e eu queria alguém só para mim. Então eu te criei. Você é exatamente como ele. Tudo o que eu queria que ele dissesse para mim de verdade, era possível fechar os olhos e você dizer para mim. 
Um dia ele partiu. Você sabe, os homens partem. Minhas lágrimas foram derramadas e junto com elas foi a esperança de que um dia eu pudesse dizer tudo aquilo que eu havia ensaiado com você tantas vezes. Eu o vi ir embora e não podia fazer nada além de lamentar o que eu havia perdido, e as pessoas me viam chorar e diziam que não valia a pena chorar por aquilo que não me pertencia. Enxuguei minhas lágrimas com relutância e percebi que tinha você. Que é feito de lembranças dele, as melhores. Que tem o rosto dele. Tem até mesmo a voz dele. Que é feito das lembranças mescladas com todas as alegrias que ele me trouxe, e todo um mundo que eu construí com o que aprendi com ele, e que me inspiraram para te criar. Você ficaria para sempre comigo e era por você existir que eu ficaria feliz.
Hoje faz três anos que o homem partiu. Ainda sinto a dor da perda. Mas sinto a alegria de manter o amor que sinto por ele e mantê-lo vivo em mim, à sua imagem e semelhança. Você é feito de amor, e amor não sente dor nem parte. Ele fica ali, guardado e bem-cuidado, como um legado. Eterno, como o rosto dele sempre será, nos retratos que eu encontro. Eu te criei para te fazer eterno, para que o homem que eu amava fosse eterno. Ainda que fosse num lugar onde não havia tato, mas também não haveria dor. Um lugar feito de magia, lembrança e luz. Um lugar especial da minha memória.







Você estará sempre comigo, Michael.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Respire fundo e se lembre de que essas cisas não te pertencem. Respire fundo e se concentre nasua vida normal, porque no fundo você sabe que tudo terminará bem, e que alguém fará com que as coisas pareçam muito melhores como você não tem achado que parecem. Resire fundo e lembre-se de que alguém vai te amar e te proteger e te tirar para dançar. Respire fundo e pense que mesmo se demorar, você terá tempo para se preparar. Respire fundo e lembre-se de que há muito o que fazer ainda por você mesma, antes de fazer por qualquer pessoa.




Isso dói um pouco...

domingo, 20 de maio de 2012

Eu preciso tanto de você ainda.... eu preciso de tanta coisa ainda... eu queria ter você para te dedicar. Dedicar minha manhãs, meus sorisos, até se sair algum choro involuntário, ele não terá algum motivo idiota, porque ele será por uma causa nobre, ele será seu. Mas não vale a pena, vale? Nunca valeu. Mas EU me sentia bem, era isso o que importa.
Eu preciso de você, mesmo que você só precie de si mesmo. Eu gostava da sua confiança. Eu gostava e quando você me olhava quando eu não esperava. Eu gostava de tudo. Eu gstava de planejar as converssas, ods dias, o que vestir, o que sentir,  o que dizer. Eu gostava tanto de ver como você é bonito e eu sou tão ridícula. E quero tudo de volta, porque aparentemente ó você me traz a minha casa de volta. Te amar é voltar para casa. 
Eu realmente odeio quando algumas coisas que eram tão essenciais para mim acabam perdendo o sentido. Mas antes perder e eu me desgarrar dele do que tentaar pôr algum sentido nele, de modo que é como se eu caregasse algum peso. O peso do passado.
Estou construindo algo novo, mas ele ainda é tão branco e abstrato... vai demorar ainda pra ter alguma deficição... e eu não gosto disso, por isso tento manter o sentido, mas é ainda pior! O que faço para me manter de pé, etão?

sexta-feira, 11 de maio de 2012

O sentido da vida começa quando você vai dormir pensando sobre o que vai falar para ele amanhã.
Não me importa e é real.. se ao menos está me fazeno feliz... é o que vale.
Porque não há nada como acordar e ver que o sol que brilha lá fora não é só por você.. que oura pessoa também pode vê-lo e enti-lo.. e quem sabe, num futuro próximo, pensar em você.



nada muito pessoal.
 

sábado, 14 de abril de 2012

Tanto tempo de hiatus e você ainda é o único que consegue me colocar para refletir sobre mim mesma. Mais ninguém me dá essa força, ou pior, essa urgência, porque eu não gosto de ler sobre o que eu sinto, como se eu não gostasse de assumir o que eu sinto. Mas faz tempo que eu me assumo sobre [para] você, então tudo é mais fácil.
Você não está feliz por isso?

eu ainda amo falar sobre você e de tudo o que você fez de bom para mim. e eu amo admitir isso, porque você não é nada mais do que eu. Ou melhor,  eu não sou  nada mais que você. Você, sem a menor intenao, entrou na minha casa, no meu lar, nas minhas roupas, no meu cheiro e nos meus dias. Você não queria, e sabendo disso, eu também cheguei a não querer. Então o que você está fazendo no meu caminho ainda? E por que eu amo tanto isso? Por que eu amo quando lembro que você existe, e amo lembrar que nunca esqueci de você? Por que eu amo tanto saber que você está vivendo tão perto de mim, que ainda temos algo a compartilhar, mesmo que de longe?
Por que eu te amo tanto ainda?
Eu vivo dizendo que iso não existe mas.Que é só porque você me impressionou. Mas te ver é como abrir a janela de manhã. É mais do que reconfortante, é libertador. É como voltar para casa. É sentir o seu cheiro. É ver o verde dos seus olhos e entrar no campo que eles possuem, e eu sei que você gota que eu entre neles, e me deixa ficar... sozinha. Eu disse que não me importava de ficar sozinha, então você me deixou em paz. Mas está por perto, sem me vigiar, sem querer. Mas eu quero.
Te quero tão perto ainda, ver seu rosto e ver que o mundo é mais bonito do que o que vejo a cada dia comum.