domingo, 9 de setembro de 2012

Eu demorei para entender que os lugares em que eu te procurava não eram tão próprios assim. Não é culpa minha, nem foi minha imaginação infantil; você, apesar de tudo o que eu já sabia, ainda tinha mais qualquer coisa de.... humano.
Acho que foi por isso que te amei tanto. Porque você não me era humano. Eu não conseguia te colocar em algo corporal, eu apenas te tinha como um anjo caído. Que eu ia cuidar e fazer meu. Que não ia sair não ia se machucar, não ia cometer erros que me mostrassem algo que te fizesse sujo e obscuro. Nada seu tinha que ser obscuro.
No entanto, não me arrependo. Te amar foi como uma eterna manhã, e lembrar desta manhã torna minhas noites um pouco menos piores. Enquanto não amanhece de novo.

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