sexta-feira, 29 de abril de 2011

'You, touch me and it's breakin' me down, me down, me down, me down...'

Difícil, difícil. Às vezes até esqueço. Mas não é você que me lembra essas coisas, são os outros. Os outros, que possuem tantas particularidades quanto você, e eu meio que os odeio por isso. Eu não te odeio porque, digamos, você mexe comigo, e isso é bom de sentir, porque o cheiro que você exala é o que me atrai, em vez de afastar. Eu sinto que o seu suor é diferente [apesar de TUDO NESSE MUNDO inclusive VOCÊ MESMO me mostrar o contrario], porque nós, mesmo meio longe, compartilhamos, mesmo você não sabendo, estamos trocando uma energia que eu queria, mas você não sabia que ia compartilhar um dia. E logo comigo.
Eu não sei explicar. Falando de um modo nada poético, o seu corpo me atrai. Não entendo o porquê, porque a sua artimanha devia ser usada de mim para você, e não de você para mim. Mas se eu me sinto atraída por isso, é porque ela é diferente do que deveria ser. Não é algo que combine com os outros, e parece que levo um choque toda vez que lembro que a sua energia não é destinada a mim - é aos outros, e sou obrigada a me recolher à minha condição e ter que te imaginar num mundo completamente diferente do meu [oh meu Deus, POR QUÊ?]. Porque, eu vou dizer mais uma vez, sua energia é diferente. É forte, é precisa, é autoritária, é masculina. E isso tem se insinuado para mim de uma forma tão horrivelmente sedutora que eu vou... bem, eu não vou fazer nada.
Eu vou continuar te olhando, até meu pescoço poder se virar para um lado onde haja algo diferente e melhor para mim.

'...I guess nobody noticed it...'

Eu tinha guardado na memoria para escrever, só que eu simplesmente ESQUECI. Não sei como, e sinceramente nao sei se fico feliz com isso, mas enfim, acho que isso significa que se tornou irrelevante.

UPDATE:
não tornou, porque me ligaram e estavam falando dessa pessoa, e meu coração bateu forte, mas enfim, já vai passar, espero.



VOLTANDO:
28 de abril de 2011, quinta-feira, mais ou menos às duas e meia da tarde, eu pude finalmente ver o seu rosto. Estava tudo a mesma coisa. Queria que tivesse mudado algo.
Aliás, mudou sim: deve ter sido impressão minha, mesmo, mas eu senti que estava mais alta que você. 'Só' isso.

terça-feira, 26 de abril de 2011

'you love me.. you hate me... you want me... I DON'T CARE.'

Eu não ligo de ficar só olhando, não ligo mesmo. O chato é que eu esqueci que estava com os olhos nus e você estava olhando também. Eu estava MEDONHA. Mas eu esqueci. Eu estava olhando para o seu rosto, e isso era quase que um sonho realizado. Coisa que eu sempre quis foi ver o seu rosto de perto, saber se um dia poderia agir normalmente. E eu agi. Foi tão bom! Até porquê eu sei que você não iria sentir a mesma coisa, eu não ligo, mas tipo, você ESTAVA me olhando. Nos olhos. Você queria ouvir o que eu tinha a dizer. Sem saber, você está fazendo a garota mais feliz do mundo! Queria te ter pra sempre.

'...believe in yourself, no matter what it's gonna take. You can be a winner, but you gotta keep the faith...'

Queria transformar seu choro no meu, mas posso dizer que eu não precisava disso naquela nora, então o que eu fazia era tentar passar um pouco da minha força para você. Você não aguentou e achou que era a única. Não era. Você, aliás ninguém, faz idéia de há quanto tempo tenho engolido meu choro, a cada dia, a cada ano. Eu tenho assistido cada uma de vocês cair se levantar, eu vi cada uma de vocês crescer e ficarem com medo dele. Cada uma de vocês foi assistida por mim, mas mesmo assim eu não soube como te amparar. Eu também quis chorar, mas quem ia enxugar minhas lagrimas e dizer que estava tudo bem? Eu já senti cada coisa ali.
Mas eu queria te dizer que é assim mesmo. Eu queria até chorar junto, mas eu não chorei, eu o encarei e contra-argumentei. Engoli meu choro e o transformei em revolta, que se transformou em energia. Ninguém notou que um dia [um dia não, muitos dias] meus olhos, desnudos, estavam vermelhos. O que me deixou surpresa, mas feliz, porque eu não queria que ninguém me visse chorar, imagine, olhe para o meu tamanho! Estou ali há tanto tempo e já vi muita gente desmoronar, e vendo, dava vontade de desmoronar também e pedir colo. Mas a quem?

'...baby, don’t you wanna, dance up on me?...'

Gostei de saber. Gostei mesmo. Não que eu não tenha me irritado naquela hora, mas eu não sei por quê, agora tudo o que eu sinto é vontade de rir de vocês e te encontrar só pra ficar olhando pra sua cara e saber o que você tem a dizer. Você vai se LEMBRAR para poder dizer?
Apesar da raiva, eu sinto pena dela. Eu não posso me forçar a entender isso, foi insanidade pura, mas minha mão está coçando para escrever 'eu não entendo por que ela fez isso'. Ela é tão idiota, tão pequena, tão... eu não sei. Ela é uma idiota e é tudo o que eu consigo dizer. Tosca. Pífia. Energúmena!
E quanto a você... poxa, eu não consigo descrever o que eu estou sentindo. Eu gostaria de pelo menos tirar a roupa na sua frente, é uma sensação parecida com essa. Eu gostaria de dizer o quanto eu tenho pena de você por ir ao nível dela. O quanto você é idiota por ter falado aquilo tudo comigo, por ter desviado, por ter tido vergonha [vergonha??]. O quanto você é PEQUENO perto de mim. O quanto que eu gostaria de MOSTRAR a você, porque, meu Deus, eu NUNCA me senti assim, eu nunca tive a CONSCIENCIA TÃO CERTA de que você poderia se surpreender. Ela é tão pequena, vocês dois são tão pequenos juntos. E eu SEI que você é grande. SERÁ QUE VOCÊ NÃO VÊ? Bom, eu vejo. Daí que EU saberei ser conduzida, EU saberia o que fazer, sou eu quem... SOU EU QUEM SABE. Ela? Ela é sempre um momento, ela vai viver sempre assim. Eu não. Você sabe. Você viu.
Odeio ter que dizer isso, mas Britney Spears me entenderia.


baby, can you handle this? I dont think you can handle this.

Come here and take me!

Tipo, não sei se é masoquismo, mas é que tem sido um negocio bem diferente. Eu tenho enfrentado meus medos e você tem visto mais uma vez, mas com uma diferença: eu não enfrento calada. E assim lavo a minha alma. Eu tenho passado pela humilhação de não saber fazer nada direito, de não conseguir fazer o que você quer, mas a partir do momento em que você olha para mim e me diz o que eu tenho que fazer, eu me sinto alegre. Alegre porque eu tentei e você sentiu que eu tentei. Caio, mas me levanto com raiva, e te olhando frio e perguntanto 'por quê?'. E você me pede para ficar calma. Eu digo que estou calma e rio por dentro.
Eu não ligo se você tiver raiva de mim, eu não ligo que você grite comigo, porque só assim eu sei que você sabe que eu existo, e eu vejo que você se importa e as vezes me sorri. Me pede para levantar e ficar calma, diz que eu estou usando muita força.
Afinal... eu vejo que a ela você deve seu silencio. Pode continuar gritando. É sua voz que demonstra seu respeito por mim.

domingo, 24 de abril de 2011

Heaven Can Wait.

Por que eu ainda sorrio quando me lembro do seu sorriso?
Coisas que nunca vou compreender.
Eu continuo esperando você entrar por aquela porta. Vou voltar a sentir frio, vou voltar a ser alguém, vou voltar a ser o que era?
Acho que isso não importa mais. Não do jeito de antes.
Porque agora eu sei bem quem sou, e era isso o que eu queria te mostrar.
E daí, né?





É o caminho dele o que eu quero percorrer. É nítido e bonito e intocável. Você nunca o teve.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

'...and Susie's ain't your friend!'

Eu não tenho prestado atenção em você, mas nas poucas vezes em que o fiz pude perceber que você tinha algo mais a sentir. Estou preocupada demais comigo para te olhar, e por isso queria um dia te observar e saber o que vocÊ sente [porque eu sei que você não vai encontrar palavras pra me contar]. Se você está zangada ou humilhada. Se um dia você sente um pouco da vergonha que eu não hesito em sentir. Eu quero saber se você sofre, PORQUE NÃO É POSSÍVEL que você consiga manter a serenidade diante de toda essa humilhação que EU SEI que você passa. Eu ia dizer que talvez você realmente não sinta isso tudo e que isso é mais uma prova da minha mania de achar que todo mundo tem que ter paranóia, mas um dia qualquer eu pude ouvir que você sente algo sim. Não lembro do que era. Era raiva, e era uma raiva conhecida minha [pois sou involuntariamente adepta a ela], reprimida, nem um pouco franca e honesta, relutando em sair e acabar com tudo, mas você se segurou. E eu não sinto raiva disso. Sinto uma pena e um prazer inexplicável em saber que eu não preciso me sentir a pior pessoa do mundo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

É pedir muito?

Eu nem sei como transformaria isso num texto digno de aplausos, porque tudo o que eu queria era simplesmente falar, gritar e mandar cada um de vocês me dar o rosto para eu dar um tapa.
EU ODEIO quem me engana com um sorriso no rosto. TAMBEM ODEIO ter duvidas. ODEIO. ODEIO ter que me forçar a acreditar em algo só porque todo mundo tá acreditando! Claro, isso é a coisa mais ERRADA a se fazer, mas e se for verdade e depois tudo o que me restar é meu orgulho?
Eu falei que não merecia. Taí a prova. Será que existe algum curso intensivo para ser simpática?
Ser simpática para mim é ser puxa-saco ao extremo, coisa que todos estão fazendo. E conseguindo.
Ser simpática não me convence. Me sinto uma idiota, essa não sou eu. Malz aê.

domingo, 3 de abril de 2011

Só testando...

Esta sou eu, e ninguém gosta de se lembrar disso. Pra falar a verdade, nem eu. Tudo será uma grande enrolação.
Eu só me lembro da tremedeira. E da convicção de que eu não conseguia fazer nada. Estela estava se saindo melhor que eu. Mas eu não a via, eu só via aquela sombra esquisita.
Também me lembro da única palavra que conseguira proferir. Desculpa. Desculpa, desclpa, desculpa. Eu tinha ido ali, suportado tudo aquilo, pra nada.
Estela está ali, falando com ele. Eu não vou. Ela merece. Depois, estou até vendo, ela me puxará e tentará uma linda harmonia entre os três. Eu não quero. Eu o quero só para mim. Se for qualquer coisa além disso, eu não quero. E, por Deus, ela está tão bonita, obviamente muito mais do que eu.
- Ah, deixa eu pegar para você.
- Ai não, meu vestido! Sua jaqueta...
- Tudo bem.
Mas ela, ELA, não tinha se sujado. Enfim, não foi culpa minha, mas até que poderia ser. Meus Deus, ele ia trocar de roupa?
- Meu Deus, aquilo foi de propósito?
- Você sabe que não. Olha lá, que lindo, ele está só de colete. É melhor assim.

***

- Não importa, isso é para você.
- Hm, obrigado. É linda. Você não vai mesmo dizer o seu nome?
- Não, eu não vou. Procure lá na lista da audição. Se você realmente não se lembra do meu nome, deve ser porque não vale mesmo a pena.
- Quanta negatividade. A flor vai murchar desse jeito.
- Não tem problema. Sinceramente? Se em vez de eu tê-la dado a você, você tivesse dado para mim, ela seria jovem e viva para sempre.
- Bom, então... é para você. De mim para você. É sua.
- Seu gesto é lindo, mas não vou aceitar, de qualquer modo. Obrigada.
- Mas por quê?
- Bom... na verdade receber flores nunca foi algo espontâneo para mim. E, partindo de você, se fosse assim, eu poderia pensar que me ama.
- Hm? Desculpa, eu não entendi.
Olhei para os lados, peguei a sua mão direita e levei para diante dos meus olhos, analisando e tocando sua pele e suas unhas escurecidas.
- Eu quero que você me ame. E pode ter certeza de que não estou te dizendo isso com o maior gosto do mundo, porque no final deste corredor praticamente todas as mulheres vão te dizer a mesma coisa, e não é a primeira vez. E se você nem ao menos sabe o meu nome, não é de se esperar que você pense em mim. Estou dizendo essas coisas todas só para te impressionar e você achar que tenho algo de especial, mas tenho quase certeza de que não vou conseguir. Mas quem sabe um dia? O amor vive para sempre.
Beijei a mão que estava segurando e abri a porta que dava para o banheiro. Era a mais próxima, e apesar de querer ficar, o que mais eu poderia lhe dizer?