I can make you feel (like you're a king), no remedies (no compromise), would you rather be, right here with me? I want you right here next to me.'
Isso estava na minha cabeça a noite inteira.
Era mais um lugar louco que eu achava que nunca tinha estado na vida, mas agora que estou lembrando, o prédio tinha alta semelhança com o Vivo Rio, e ainda estava mais iluminado e bonito, e era noite. Em todo caso, eu sabia que era um teatro, e eu sabia que era uma cidade diferente, e eu estava com duas garotas. A única de quem conseguia ver o rosto tinha semelhança com Amy Farrah Fowler. Só que mais doce.
Só que antes da companhia dela, pode ter sido depois tambem [a ordem nao importa tanto], acho que eu estava na companhia de um homem bonito, alto, branco, cabelo preto cortado, barba por fazer, parecia ter uns 30 anos. A gente conversava sobre algo da conferência [parecia que estávamos ali para uma palestra da faculdade ou algo do tipo], e ele queria saber se eu era deste país. Eu achava estranho, pois eu sabia que ainda estávamos no Brasil. De repente dois homens, bonitos como ele, se aproximaram dele e eles ficaram conversando em alemão. Pareciam guarda-costas e falavam com aparencia grave. Ele me pediu desculpas e falou algo como prazer em conhece-la, ou que ele era alemão, e foi embora.
Daí eu estava na presença das duas garotas, elas seguravam cadernos na mão, e conversavamos.
- Mas o Trianon é o palco. - a menina disse
- Bom, na minha cidade Trianon quer dizer o teatro inteiro, e do tamanho deste aqui - argumentei, rindo, e fazendo gestos indicando o lugar. Elas riram impressonadas, tipo 'uau'.
O curioso é que a cena com o homem bonito se repetiu: elas duas também achavam que eu não era desse país. Como assim? eu perguntava pra mim mesma, e nós todas falávamos em português. Elas também se afastaram, e eu fui embora sozinha.
Depois seguiram-se cenas turvas, como o 'escorregador-casinha' que tinha onde antes era o terreno do Teatro Trianon [de verdade], onde eu e o dono daquela pinta costumávamos brincar. Lá agora era a minha casa, e era maior. Mas conservava o escorregador, os rolinhos de madeira, as cordas e escadinhas. Eu estava ralhando com alguém, acho que era a minha empregada. Havia muita gentalha ali, e na0 lembro direito, eu só sabia que tinha que sair dali. Eu estava incomodada.
***
Eu estava num apartamento pequeno, e era o dele. Estava ligeiramente bagunçado, e era muito, muito pequeno, parecia quarto de hotel. Estou tentando me lembrar sobre o que nós conversamos quando nos encontramos. Deve ter sido mais ou menos que nem o sonho anterior, sobre como estava a vida dele, porque eu perguntei onde ele estava estudando, e ele mencionou exatamente o mesmo nome da faculdade do sonho anterior. Eu ofeguei muito alto, ele até se virou. Então era verdade o que eu havia sonhado?
Eu dou risada com essas coisas, no meu próprio sonho eu me lembro dos sonhos anteriores, mas enfim.
Ele depois mencionou o apartamento onde estavamos, dizendo que daria um jeito quando eu me instalasse.
- Você quer dizer que eu vou morar aqui?
Ele afirmou com a cabeça lentamente, me olhando sério.
Eu estava tensa e preocupada, mas depois acabei me divertindo. Estávamos na cama e nós contávamos e mostrávamos muitas coisas nostálgicas, ele me puxou pelo braço, e me mostrou um pote de balas artesanais que fizeram parte da minha infância.
- Mas são chicletes!
- Ok, mas você lembra?
- Lembro! Só não deixe Nelsinho vê-los, ele vai comer tudo!
Tinha um pedaço de papel dobrado na cama e eu abri. Era ele quem tinha escrito, a letra meio garranchosa como eu a conhecia, falava de boas vindas e de romantismo. Eu fiquei com medo, medo dele não querer, medo de ele não gostar. Eu sorri e nos beijamos.
Quando acordei, ele estava em pé secando o cabelo com a toalha, mas eu vi que não estávamos sozinhos. Havia uma velha penteando o cabelo em frente ao espelho. Tia Sônia. Ela olhou para mim com um rosto meio que culpado ou envergonhado e saiu do quarto silenciosamente. Ela parecia mais baixa que o normal [ou eu mais alta do que o normal]. A porta estava aberta e eu vi um homem de meia-idade que eu conhecia de algum lugar passando e olhando para dentro. Ele nao foi o unico, algumas pessoas passavam pelo corredor e pareciam conhecê-lo, pois sempre estavam olhando para dentro do quarto com expressão de curiosidade. Tornei a olhar para ele e estava preocupado. Eu perguntei qualquer coisa, talvez se ele ia sair, e ele falou que sim e mais alguma coisa, e falou baixo, com o rabo do olho na porta. Ele se despediu de mim e disse que ia trabalhar, e saiu, eu ia ficar o dia inteiro naquele quarto. A última sensação que eu lembro de ter sentido antes de acordar era aquela aflição de não saber se meu protetor ia voltar para casa.
Eu dou risada com essas coisas, no meu próprio sonho eu me lembro dos sonhos anteriores, mas enfim.
Ele depois mencionou o apartamento onde estavamos, dizendo que daria um jeito quando eu me instalasse.
- Você quer dizer que eu vou morar aqui?
Ele afirmou com a cabeça lentamente, me olhando sério.
Eu estava tensa e preocupada, mas depois acabei me divertindo. Estávamos na cama e nós contávamos e mostrávamos muitas coisas nostálgicas, ele me puxou pelo braço, e me mostrou um pote de balas artesanais que fizeram parte da minha infância.
- Mas são chicletes!
- Ok, mas você lembra?
- Lembro! Só não deixe Nelsinho vê-los, ele vai comer tudo!
Tinha um pedaço de papel dobrado na cama e eu abri. Era ele quem tinha escrito, a letra meio garranchosa como eu a conhecia, falava de boas vindas e de romantismo. Eu fiquei com medo, medo dele não querer, medo de ele não gostar. Eu sorri e nos beijamos.
Quando acordei, ele estava em pé secando o cabelo com a toalha, mas eu vi que não estávamos sozinhos. Havia uma velha penteando o cabelo em frente ao espelho. Tia Sônia. Ela olhou para mim com um rosto meio que culpado ou envergonhado e saiu do quarto silenciosamente. Ela parecia mais baixa que o normal [ou eu mais alta do que o normal]. A porta estava aberta e eu vi um homem de meia-idade que eu conhecia de algum lugar passando e olhando para dentro. Ele nao foi o unico, algumas pessoas passavam pelo corredor e pareciam conhecê-lo, pois sempre estavam olhando para dentro do quarto com expressão de curiosidade. Tornei a olhar para ele e estava preocupado. Eu perguntei qualquer coisa, talvez se ele ia sair, e ele falou que sim e mais alguma coisa, e falou baixo, com o rabo do olho na porta. Ele se despediu de mim e disse que ia trabalhar, e saiu, eu ia ficar o dia inteiro naquele quarto. A última sensação que eu lembro de ter sentido antes de acordar era aquela aflição de não saber se meu protetor ia voltar para casa.
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