segunda-feira, 4 de julho de 2011

'...just put your trust in my heart and meet me in paradise. You're every wonder in this world to me, a treasure time won't steal away...'

Quando fiz quinze anos, eu soube o que era ter que soltar a mão de alguém e movê-la para dizer adeus. Mas não é isso o que eu guardo como um marco, hoje em dia.
O que eu me lembro era do fogo nos meus olhos. Da determinação desumana que eu tinha, como se eu tivesse o mundo e todo o tempo dele aos meus pés. Eu chorava, gritava, e batia o pé, e consegui o que queria. Eu tinha o mundo porque eu o tinha 'conquistado'. À minha maneira, é claro. Eu era uma vitoriosa, afinal.
Eu me lembro do desespero que foi saber que eu nunca mais ia vê-lo, e eu me lembro da força que busquei para que isso não acontecesse. Eu SENTIA que tinha que vê-lo mais uma vez. E eu consegui.
Muitas coisas aconteceram afinal, e eu forçava, queria, obrigava. Tanto que as coisas saíram do controle. Ele estava presente na minha vida, quando eu queria que saísse. Tornou a minha vida uma grande dor de cabeça, uma dor de cabeça que eu mesma fiz questão de brotar.
Mas eu não penso assim. Quer dizer, nem naquele tempo, porque afinal eu sofria, mas era grata por ainda poder ver aquele sorriso. E é essa a palavra: grata. Grata por ter me feito descobrir uma força que eu não sabia que tinha. E que não sei se vou tê-la de novo.
Mas estou querendo ter. Eu já disse NÃO para o adeus, nos meus quinze anos. Eu quis que as coisas mudassem, e elas mudaram.
Agora, aos dezoito, a história é um pouco diferente. Quando fiz quinze anos, jurei que não seria nada além de eu mesma, que eu finalmente pudesse me construir, me polir, me moldar a partir do nada, de mim mesma. Eu ia ser dura, eu ia bater de frente com o meu destino.
E agora, aos dezoito, eu bati, mais uma vez. Usei a força, usei a sinceridade, usei a inconveniência, usei a ironia. Eu usei o meu próprio nome. Eu usei a minha alma.
E ganhei o tempo, e o sorriso, e as palavras marcantes. Por que, meu Deus?
Então a história se repete. Como se eu esperasse todos os dias para vê-lo entrar por aquela porta, e dizer só o MEU nome. Para ter um tempo só para mim, para me dar atenção, para eu não me sentir sozinha.
E mais uma vez... tenho que dizer adeus. E mais uma vez, vou querer buscar a determinação que não sei onde guardo, para fazer com que esse 'adeus' seja um 'até logo'. Porque eu serei livre e realmente terei o mundo e o tempo dele para mim.




'Você é o amor da minha vida, e são essas suas palavras que me faz lhe amar, cada vez mais e mais. Eis que me olho no espelho e reflito nele um sentimento, era saudade, saudade de você.' (BJP)

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