terça-feira, 7 de maio de 2013

07/05/13, 04:10am

Então parece que você realmente teve que me dizer adeus. Também. Como aqueles que não deviam nunca ter ido. Então por que veio e me fez todas aquelas perguntas? Por que veio e fez questão de mostrar a sua insegurança e me deixar eu te abraçar e segurar? Isso tudo foi à toa? Será que não houve nenhum momento, nenhuma hora daqueles dias todos em que você não me QUIS?
Eu tenho idéia dos seus limites, apenas uma idéia. Maselas não são justificativas. É injusto como você se mostrou disposto a mostrar um pouco do seu mundo se eu no fim não sou capaz de entrar nele. Eu até reuni coragem pare me forçar mas eu não o fiz porque eu gostava do modo como você levava as coisas, de modo puro, não era algo que minhas segundas intenções ridículas tinham que corromper. Eu não queria parecer ainda mais ridícula.
Mas então agora eu estou saindo da sua vida do mesmo jeito que entrei, e você vai ser só mais um cara. O cara que me fez gostar dessa cidade. O cara que me fazia acordar de manhã e pôr uma blusa justa. O cara por quem eu esperava na entrada e na saída. O cara que eu não deixava dormir quando estava perto de mim, então num gesto de simpatia talvez, me fazia rir e contava coisas. O cara mais interessante e ao mesmo tempo mais simplório desta cidade. Você não é o mais bonito, mas muito menos mais feio. Você era especial para mim desde o dia em que eu sonhei contigo pela primeira vez e todas aquelas vezes em que eu acordava de manhã na esperança de te ver, e voltava para casa sabendo que você não tinha ido porque com certeza tinha algo mais interessante para fazer, e eu fui burra de achar que voce estaria mesmo no mesmo lugar que todos nós, aquela gente colorida e avoada, estávamos. As noites que eram maravilhosas por causa de uma lembrança de uma tarde boa. Tudo isso SUMIU. E EU NEM ME SINTO NO DIREITO DE PEDIR PARA VOCÊ VOLTAR, PORQUE VOCÊ NUNCA NA VERDADE PENSOU EM MIM COMO ALGUÉM QUE PUDESSE VALER A PENA.
Eu to cansada de ser invisível. Eu tô cansada de não ter coragem, e por causa disso me despedir das pessoas o tempo todo, seja porque eu as dispenso primeiro ou se eu sou dispensada. Eu tô cansada de não ter uma inspiração, uma luz, uma mão segura. E a sua parecia tão ideal.
Mas eu sabia que não era minha, e por causa disso te deixei ir. Mas eu vou pedir para você voltar. Eu quero que você volte, por favor. Eu preciso de você, da sua presença, da expectativa de te ver. Eu preciso de você, sobretudo, longe dela.

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