terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Para deixar registrado.

Eu tenho sonhos. Muitos, tantos que a quantidade me prejudica. Eu tenho um sonho feito de vermelho e dourado. Eu tenho o sonho de um beijo. Eu tenho o sonho de uma eterna dança, ficar girando e flutuando sem nunca parar, parar para olhar e ver que estou numa multidão. No meu sonho não há multidão. Há só eu. Eu, da cor do meu sonho, e ele, que não tem cor, nem cheiro e nem rosto. Talvez porque ele não exista. Mas ele não me importa. O que importa sou eu. Meu sonho é como eu quero, vermelho e dourado, e não é melhor que o de ninguém. Mas ele é meu. Só meu, e ninguém poderá tirá-lo de mim, ninguém poderá me acordar.
Ninguém vai conseguir me acordar, porque estarei perdida entre o vermelho e o dourado. Ninguém vai me enxergar, assim poderei flutuar e continuar meu sonho como eu quero, pois assim que os outros entrarem nele, o sonho não será mais meu. E deixará de existir.
Mas eu não vou deixar. O sonho é meu e vou continuar com ele até quando eu quiser. É meu e de mais ninguém, e não foi porque eu quis; eu poderia tê-lo compartilhado, mas ninguém quis, então resolvi abraçá-lo, e cheguei a conclusão de que, se ele é só meu agora, é porque era para ser. E é. E será. Quem sabe?



***


Amanhã e depois de amanhã, se Deus quiser, vão ser mais daqueles dias que você sabe que vão mudar a sua vida. Os pessismistas de plantão sempre dizem que esperam, esperam, esperam e nunca acontece nada [principalmente em dia de Ano Novo, mas amanhã não é Ano Novo!]. Eu não estou esperando uma luz descer do céu, nem uma chuva de champagne; eu só desejo que seja um dia maravilhoso o suficiente para ter lembranças muito boas.

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