segunda-feira, 17 de junho de 2013

L. [III]

Eu não tenho a menor vergonha de gostar de você. Não é necessariamente por causa de algo que eu fiz, mas é por coisas que venho sentindo faz tempo, e eu espero não estar errada. Eu sinto que você é tão meu que não tenho mais vergonha nenhuma de pensar em te dilacerar das maneiras mais sujas, nas circunstâncias morais em que você se encontra. Como se isso fosse apenas um detalhe que eu poderia passar por cima, como uma mancha aparentemente insignificante numa roupa. Eu sei que ela está lá e me incomoda, mas não deixo de usar por isso. Eu te usei e quero de novo, mas que dessa vez você queira ser usado e me vista. Você tem o meu formato.

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