domingo, 8 de maio de 2011

"I've had the time of my life..."

É como se eu fosse ter 15 anos para sempre. Nada menos, mas também nada mais.
Como se eu não suportasse ver que aquelas crianças que eram mais crianças do que eu já não são mais. Estão se sentindo tão poderosas quanto eu me sentia, e o que é mais importante, SÃO mais poderosas.
No final das contas é tudo a mesma coisa. A mesma cabeça vazia e emplastrada de tinta. Todas iguais.
Eu só sei que são iguais porque eu nunca fui uma delas. Coisa que eu queria tanto, mas nunca consegui. Eu sabia que podia ser muito mais do que aquilo, mas elas se divertem, e é isso o que importa. Logo, eu pareço ser sempre menos. É isso o que eu sinto às vezes, mas olhando, sabe, olhando bem, eu vejo que eu tenho me escondido tanto, todos os meus podres e todas as minhas dobras, e elas simplesmente não se escondem. Elas mostram, mas eu sei que o que elas mostram são as pernas longas e finas que não possuo, e é isso o que importa. É isso o que engana.
É banal, mas eu fico observando e é tão esquisito. Como eu poderia me sobrepor? Como posso me tornar, aos olhos deles, maior que elas? Eu nunca consegui.

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