quarta-feira, 4 de maio de 2011

'...too bad, Hollywood, it's got you jumping like you should, girl...'

[ok que a foto não combina com tamanha baixa autoestima, mas isso a gente releva]

É esquisito dizer, mas eu realmente perdi as esperanças, perdi a animação, perdi a empolgação para tanto. Não é por causa da minha idade [ok, às vezes é, mas não o tempo todo], mas não sei, me sinto sufocada ao saber que não sou a única. E tenho certeza de que eles não irão notar que terá alguém a menos querendo um pedaço dos seus cabelos. Não que eu não queira, acho que eu morreria se tivesse tal oportunidade. Mas morrer por isso, me humilhar e falar disso o tempo inteiro, eu não vou. Não mais. Quase ninguém sabe, mas eu era muito assim, eu sonhava acordada, eu queria, eu pedia, eu rezava, eu desejava. Mas não faço mais nada disso. É tanta gente. São tantos corpos, tantas garotas, são tantos talentos que me pergunto o que cada uma delas poderá mostrar. E o que eu vou te mostrar. O que eu teria para você que seria diferente delas? O que eu teria que faria você lembrar do meu nome?
Até porquê as histórias que andei ouvindo são todas de paixão, desespero, oportunidade e muita, mas muita sorte. Coisa que acontece com uma em um milhão, ou melhor, com umas duzentas em um milhão. Continua sendo um número ínfimo, e o que Deus faz para escolhê-las? Elas devem ter algum coração de ouro, e isso eu tenho certeza de que não tenho.
Não vou fazer nada por vocês, já vi que não adianta nada na maioria das vezes. Não vou chorar à toa por ser só mais uma. Se eu não for, aí sim vou chorar, vou me descabelar, posso até morrer. Sentirei o fogo de querer fazer qualquer coisa, ter o poder de fazer qualquer coisa. Mas por enquanto não, é como se eu estivesse numa areia movediça, e o que é pior, está cheia de gente, mas todos se afogam junto.

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